terça-feira, 5 de maio de 2009

COLETA DE LIXO RECICLADO PARA POR FALTA DE APOIO DO MUNICÍPIO


As Ongs que prestam o serviço da coleta de materiais recicláveis em Londrina paralisaram as atividades alegando falta de recursos devido ao baixo preço pago pelo material e a falta do repasse dos aluguéis dos barracões durante o governo interino de José Roque Neto (PTB), que levou alguns donos de barracões a pedir de volta os prédios, ou em casos extremos, lacrar os referidos barracões impedindo os associados de trabalhar.

O programa da coleta seletiva de materiais recicláveis de Londrina, foi ganhador de vários prêmios nacionais e internacionais e considerado um dos melhores programas do país, tanto pelo desempenho, resultado final, quantidade de produtos coletados passando de 80% de todo lixo reciclável produzido pela cidade, como pela geração de renda que proporcionava aos associados, causando impacto direto na melhoria da qualidade de vida e sustento real para suas famílias. Hoje tudo faz parte do passado.

Desde agosto de 2007 o programa vem sofrendo com o baixo preço pago aos materiais coletados, que anteriormente era de R$ 0,40 para papelão, passou R$ 0,28 e hoje chegou a R$ 0,10 o quilo. No caso da latinha é pior, de R$ 3,80, foi para R$ 2,30 e com a crise financeira o valor pago pelo quilo de material não ultrapassa à R$ 1,50 o quilo, dificultando os trabalhos e diminuindo a quantidade de pessoas que efetuam a coleta nas ruas da cidade e a separação do material.

Outro problema constatado é que os catadores de reciclagem não conseguem faturar mais que R$ 180,00 por pessoa/mês. “Sem carteira assinada, 13º salário ou plano assistencial os recicladores de Londrina estão praticamente vivendo na quase miséria”, segundo nos informou Sandra Araújo Silva, presidente da Central de Pesagem e Venda (Cepeve) que agrega 19 das 35 Ongs que trabalham com lixo reciclado na cidade.  

Apenas a Associação de Recicladores Coletando Vidas, que possui sede própria e é única que recebe o repasse de aluguel em dia não paralisou suas atividades. Também é a única que mantém o número de 24 associados prestando serviços de coleta e separação. A associação possui uma extrusora de resíduos doada ainda no governo Nedson Micheleti (PT) e seus serviços são efetuados na região central da cidade. As demais associações de recicladores paralisaram suas atividades hoje.

Segundo a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito Urbano) declarou a esta reportagem, através da funcionária Rosimeiri Midori Suzuki Rosa Lima, ”Estamos desde janeiro, quando o preço do material reciclado caiu muito, repassando aos associados das Ongs recicladoras um vale alimentação no valor de R$ 150,00, e hoje foi aprovada mais uma ajuda de R$ 150,00 para cada associado no intuito de ajudá-los a atravessar este período de crise”. Rosa ainda nos informou que os valores de repasse dos aluguéis seriam de responsabilidade do IDEL (Instituto de Desenvolvimento de Londrina). Ao procurarmos o instituto, ninguém quis se manifestar sobre assunto, alegando que somente falariam se o presidente, Mauro Viecili autorizasse que encontrasse hoje (05/05) em Curitiba em viagem oficial pelo IDEL.     

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