quinta-feira, 23 de abril de 2009

O PAI NOSSO

A MAIS BELA ORAÇÃO JÁ FEITA E CONTINUADAMENTE REALIZADA PELOS SÉCULOS E SÉCULOS, TALVEZ A MAIOR HERANÇA DEIXADA DENTRE TANTAS OUTRAS POR AQUELE QUE NOS CRAVAMOS NA CRUZ, O SANTO DE TODOS OS SANTOS, JESUS.

Oremos,

Pai Nosso que estas no Céu,
Santificado seja Vosso Nome,
Venha a nós o Vosso Reino,
Seja feita a Vossa Vontade,
Assim na terra como no Céu.

O Pão Nosso de cada dia
Nos dai hoje.

Perdoai as nossas ofenças,
Assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido
E não nos deixei cair em tentanção,
Mas levrai-nos do mal.

Amém!

KAIGANGUES CONTINUAM EM SEDE DA FUNAI



 









Cacique Mirim e Porta Voz dos Kaigangues - Renato Kriri

Enquanto se estabelecer o impasse da nomeação do índio Guarani Mario Jacinto e as reservas de todas as nações indígenas não for demarcado pelo governo, iremos causar bastante prejuízo para o Estado e seus negócios”. Assim disparou o líder e porta voz da ocupação Kaigangue na Funai de Londrina.

Segundo o cacique-mirim a ocupação não tem tempo pra acabar e que nas próximas horas, conforme decisão tomada na reunião realizada com todos os caciques no início da tarde na sede ocupada da Funai/Londrina, “iremos voltar a ocupar a praça de pedágio em Mauá da Serra/São Jerônimo com as comunidades de Saltinho, Mococa e São Jerônimo. Aqui fica nós do Apucaraninha e tomaremos a praça de pedágio de Jataizinho, onde é cobrado o mais caro pedágio do Paraná. Lá em Jataizinho ficarão as comunidades de Laranjinha, Barão de Antônima e Piauzinho. Vamos ficar não é umas horas, não... ficaremos é dias se preciso for”.

Hoje 15 índios da Nação Kaigangue de todas as reservas da jurisdição da Funai de Londrina ocupam o prédio, mas conforme antecipou Renato Kriri, a partir das próximas horas, apenas os índios da Reserva do Apucaraninha e que continuaram na sede. “Porém o numero de indivíduos não será nunca menor que cem”, avisa o cacique mirim.

PROJETO DE LEI DÁ AO CONGRESSO PODER DE DEMARCAÇÀO DE TERRAS INDIGENAS

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados poderá votar a amanhã (25/6) o Projeto de Lei 490/07, que autoriza a demarcação de terras indígenas exclusivamente por meio de lei. Atualmente, o Governo Federal institui a demarcação por meio de ato da Fundação Nacional do Índio (Funai).

O deputado Homero Pereira (PR-MT) autor do projeto, argumenta que a demarcação das terras indígenas ultrapassa os limites da política indigenista e atinge outros interesses. Homero afirma que a demarcação deve ser feita pelo Congresso Nacional, que avaliará de maneira ampla os interesses que serão atingidos.

O relator do projeto de lei, deputado Waldir Neves (PSDB-MS), recomendou a aprovação do projeto, porém na forma de substitutivo e estabeleceu critérios para a demarcação das terras indígenas. O substitutivo prevê o direito à ampla defesa e ao contraditório daqueles cujos interesses e direitos sofreram alguma lesão ou ameaça de lesão com a demarcação da reserva indígena.

Outro item da pauta e que vem a complementar o projeto de Demarcação de Reservas Indígenas, é o Projeto de Lei 1363/07, do deputado Waldir Neves (PSDB-MS), que virá há determina que os ocupantes de boa-fé de terras indígenas demarcadas pelo Governo Federal depois da ocupação, terão direito à indenização pelas benfeitorias realizadas (geralmente a construção de casas). A desocupação da área só ocorrerá após o pagamento da compensação monetária. O objetivo do projeto é regulamentar o parágrafo 6º do artigo 231 da Constituição Federal, que já prevê a indenização as benfeitorias nas ocupações de boa-fé. O deputado Davi Alcolumbre (DEM-AP), relator deste projeto complementar, recomendou também a aprovação.

Os índios de todo país mandaram seus representantes para acompanhar as votações e prometem tomas providências caso o projeto de lei passe na comissão da Câmara. “Estamos aguardando o resultado votação marcado para esta sexta-feira (hoje, 25/04), e decidiremos no nosso encontro Nacional das Nações Indígenas que acontecerá em Brasília dia 28/04 o que faremos, mas esta acordado entre todas as Nações Indígenas que se o projeto de lei passar iremos derramar sangue e declarar a guerra para fazer valer nossos direitos previstos na Constituição Federal nos artigos 231 e 232”. Afirmou o líder dos Kaigangues no Paraná, o cacique mirim Renato Kriri que ainda ocupam o prédio da Funai em Londrina.  

INVASÃO KAIGANGUE A FUNAI DE LONDRINA


Os Índios Kaigangues em ação coordenada invadiram a sede da FUNAI em Londrina. As tribos provenientes de Laranjinha, Piauzinho, Barão de Antônima, São Jerônimo da Serra, Apucaraninha e Mococa organizaram-se na cidade de Mauá da Serra e de lá partiram com destino a sede da Funai em Londrina. E a primeira ação do dia foi abrir/liberar as cancelas da praça de pedágio de São Jerônimo como anúncio prévio do que iria ocorrer mais tarde.

Pintados como para a guerra, os índios das várias tribos que fazem parte da Nação Kaigangue têm como objetivo neste protesto, por assim dizer, ver sua única reivindicação atendida. Segundo nos revelou em primeira mão pelo celular, ainda na altura da cidade de Tamarana há 60 quilômetros do município, o cacique mirim Renato Kriri e líder do protesto; “Há cerca de dois meses a pedido da Funai de Brasília realizamos um conselho de Caciques para eleger um representante que fosse funcionário da fundação e, por unanimidade Marcos Jacinto, um índio Guarani foi o nosso escolhido. Ele tem a tarefa de administrar as nossas reivindicações e necessidades junta a sede de Londrina e o gestão em Brasília. Só que até agora nada. O administrador que hoje está na Funai de Londrina (trata-se da substituta de José Gonçalves, Ivelize Viveiro Machado), não está fazendo nada por nós Nação Kaigangue”. Afirmou Renato que os índios estão dispostos a prosseguir com a ocupação da sede da Funai e Londrina, até que a portaria nomeando Márcio Jacinto seja assinada pelo presidente da Fundação do Índio em Brasília e Ele (Jacinto) tome posse da administração local.

Renato Kriri é o atual presidente da Associação dos Moradores das Terras Indígenas do Apucaraninha (AMTI) e descendente direto da mais velha linhagem de Caciques Kaigangues.

Tentamos sem sucesso entrar em contato com a administradora da Funai em Londrina Ivelize Machado, mas nos foi informado pela atendente que não quis se identificar que a administradora teria ido socorrer sua filha que estava passando mal no hospital e, que ninguém na fundação iria pronunciar-se sobre a invasão do prédio pelos Kaigangues.

A Funai em Londrina localiza-se na Avenida Santos Dumont bem próximo ao Aeroporto, área considerada nobre na cidade.