quinta-feira, 28 de julho de 2011

GOVERNO TENTA CONTER ESPECULAÇÃO, MAS DÓLAR BAIXO AINDA PREOCUPA


As medidas anunciadas pelo Brasil nesta quarta-feira para impedir a queda do dólar, visando conter a especulação, deverão ter apenas um efeito de curto prazo sobre a cotação da moeda americana, que deve continuar sendo motivo de preocupação para o governo por mais tempo, segundo afirmam analistas entrevistados pela BBC Brasil.

Rafael Spuldar
Da BBC Brasil em São Paulo 27/07/2011

O Diário Oficial da União desta quarta-feira publicou uma Medida Provisória que autoriza a cobrança de até 25% de IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros, ou Imposto sobre Operações Financeiras) em negociações de títulos ou valores mobiliários com contratos de derivativos.
O derivativo é um ativo financeiro cujo preço deriva de outro ativo. As operações com derivativos servem geralmente como proteção contra a oscilação dos preços futuros, mas funcionam também como uma aposta dos investidores em quedas maiores do dólar.
Após o anúncio, o dólar comercial chegou a subir 2%, em um pico de R$ 1,57, mas fechou com valorização de 1,35%, a R$ 1,559. Na terça-feira, a moeda americana havia sido cotada a R$ 1,53, menor valor em 12 anos.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

EMPRESA QUE OBRIGAVA TRABALHADORA COMPRAR ROUPA NA PRÓPRIA LOJA TERÁ QUE RESSARCIR TRABALHADORA


A obrigação do uso de roupas da marca da empresa pelos vendedores no trabalho equivale ao uso de uniforme. Portanto, o custo de aquisição desse vestuário é de responsabilidade do empregador, não podendo ser repassado ao trabalhador. Assim se manifestou a 4a Turma do TRT-MG, ao julgar desfavoravelmente o recurso de um estabelecimento comercial que não se conformou em ter que ressarcir à ex-empregada os valores por ela gastos em compras de roupas na loja.

A reclamante, uma vendedora, pediu o ressarcimento do que gastou na aquisição de roupas da loja reclamada, sob a alegação de que era obrigada a comprá-las para uso no trabalho, não lhe sendo permitido vestir qualquer outra marca. A ex-empregadora, por sua vez, negou que o uso das roupas vendidas no estabelecimento fosse imposição, sustentando, ainda, que os empregados as adquiriam de forma espontânea, para aproveitar o vantajoso desconto de 50% no preço. Mas não foi isso o que constatou o desembargador Antônio Álvares da Silva.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

MANDANDO A REAL

"Minha natural desconfiança da mídia impressa e informatizada já não era lá essas coisas. Coisas que o tempo, que leva tanta coisa, traz como quem dá uma esmolinha"


(Por IVAN LESSA - Colunista da BBC Brasil)


Minhas décadas de Grã-Bretanha me ensinaram a respeitar os modos, certas tradições, teatro e polícia.
Os jornais, que não tabloides, mesmo à contra-mão de minhas preferências pessoais, eram bem escritos (e muitos continuam a ser) e dava para se confiar em quase 40% do que publicavam. Uma excelente média para qualquer país.
Quanto à polícia, desde os anos 60, eu admirava aqueles dois guardas que cumprimentávamos quando faziam, serenos e monotonamente, a ronda dos quarteirões vizinhos à minha casa cujo território lhes cabia vigiar.
Lembravam-me velhos filmes e a época curta em que duraram nossos Cosme e Damião, como o chamávamos, policiando a dois as ruas pacatas do Leblon, para ficar num bairro só.
Quando penso que não andavam armados os policiais ingleses tenho que me beliscar (e não é no sentido figurado; eu acho bom uma dorzinha ocasional) para me certificar de que tudo não foi um sonho.
Agora, aí está o que aí está. 
Lá se foi a Scotland Yard, não é mesmo Jean-Charles de Menezes? Não se dáais para confiar em jornalismo, polícia, político (com esses eu comecei meu processo de desilusão, para não dizer asco, assim que acabei de ler minha primeira cartilha).
Ator, essa raça tão vilipendiada, alvo predileto dos tabloides sensacionalistas, acostumados a conviver com textos bons e medíocres, além de grampos e paparazzi, eu nunca levei muito a sério. Que decorassem seus papéis, seguissem as instruções do diretor, de teatro ou cinema, e depois sorrissem para as objetivas.
No entanto, no meio desse pau todo que vem rolando, e assim continuará por algum tempo, antes mesmo do The Guardian botar sua boquinha em formato de coração no trombone, foi um ator que deu o primeiro lance nesta verdadeira “batalha” que agora transcorre de maneira maçante (aí, esta rasgação de seda na terça-feira na badalada comissão de inquérito parlamentar, essas excessivas boas maneiras... Ou será paúra pura e simples? Um único momento interessante: o cara com um pastelão pronto para a cara senil do velho Murdoch. Segurança policial é isso aí. Tem mais, as ações do império do homem subiram de cotação na terça. Hem?). 
Mas eu dizia, foi Hugh Grant (vou repetir: Hugh Grant) que escreveu um artigo lúcido e objetivo para o semanário de esquerda The New Statesman, que já conheceu dias melhores.
Grant não personalizava. Depois de ser ferrado por um ex-executivo doNews of the World levou um papo com o bruto, gravou na moita e foi revelação após revelação. Está na internet. Hugh Grant limitou-se a fazer as perguntas certas no que dizia respeito aos excessos reinantes e à convivência nefasta de políticos e policiais com o haras impresso de Rupert Murdoch.
Agora, aí está o berreiro atingindo decibéis inimagináveis há dois meses.
Governo e oposição saindo-se igualmente mal, mas principalmente o governo, já que todo mundo tem culpa no cartório. Já houve uma morte de ex-jornalista do NoW, ainda por investigar. Altas autoridades policiais se demitiram. Corrupção é a palavra de desordem.
Tento me consolar, num patriotismo indevido, sabendo que há parlamentares e lordes do reino cumprindo pena de prisão por terem mentido ao relacionarem suas despesas pessoais pagas pelo contribuinte.
Na minha terra natal, como forma de consolo barato, isso aconteceria? Pergunta retórica que faço todo dia ao passar os olhos em nossos – são 3 ou 4, pois não? – jornalões. Noto que a impunidade, o esquecimento, o deixa-pra-lá são não só a tônica, como também o gim, o gelo e a rodelinha de limão servidos para os distintos fregueses que se dizem alfabetizados.
A única coisa interessante que li e continuo a ler na mídia eletrônica brasileira é a questão desses bueiros que explodem na Zona Sul do Rio matando, ferindo e assustando a sempre impressionável e vulnerável população carioca.
Não me informaram se os bueiros de outras cidades comportam-se na tradição habitual paradona e quieta dos bons bueiros. Mas sou informado que a companhia responsável por esses desastres todos chama-se – ô que delícia! – Light. 
Reformas ortográficas, nacionalizações, bolsas disso e daquilo outro, orgulhos indevidos, coisa e tal, e não conseguiram se sair com um nome mais tupiniquim do que Light.
Vivo cantarolando mentalmente o breque em homenagem à briosa corporação, então canadense, da esplêndida composição do magnífico Lamartine Babo, Canção para Inglês Ver, que, a uma certa altura, diz assim, conforme versão de Joel e Gaúcho: Light And PowerCompanhia Limitada. Consta que ao menos o Power foi para os tinflas. Já é algo.
Diz-se, por aqui, que jornal só serve para sujar as mãos e embrulhar ofish and chips comprado na esquina. Fujo a essa tradição e, se possível, peço um envólucro plástico, que nem precisa ser reciclável.

sexta-feira, 15 de julho de 2011


O mais importante da vida não é a situação em que estamos, mas a direção para a qual nos movemos.
                          
                                          Oliver Wendell Holmes

terça-feira, 12 de julho de 2011

AONDE FOI PARAR O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE?



HOSPITAL SÃO RAFAEL AGRADECE DOAÇÕES

No último sábado (9), a direção da Associação Beneficente do Hospital São Rafael recebeu com muita alegria uma doação realizada pelo Colégio Alfa de Rolândia. Foram doados alimentos e materiais de limpeza em prol da manutenção e melhoria do Hospital.
Em nome da entidade, o Presidente da Associação Marisbel Mungo agradeceu aos alunos, pais e professores pelo nobre ato de ajudar o próximo. “O Hospital São Rafael está em campanha para receber ajuda desde o mês de junho. Só temos a agradecer à todos que estão nos ajudando”, declarou ele.
A Prefeitura de Rolândia é parceira do Hospital. Além de aumentar os repasses mensais, a administração luta junto aos governos federal e estadual para melhorar os repasses e também cobra o apoio para a abertura dos 10 leitos da UTI e do Centro Cirúrgico.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

E SOBE A INADIMPLÊNCIA

A inadimplência dos consumidores no Brasil fechou o primeiro semestre com alta de 22,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, no maior aumento em nove anos, de acordo com análise divulgada pela empresa Serasa Experian.

O índice de junho registrou alta de 7,9% em relação a maio, e crescimento de 29,8% na comparação com junho de 2010 - maior aumento na comparação anual desde maio de 2002.
A incapacidade dos consumidores de pagar suas dívidas com bancos foi a principal responsável pela alta do índice mensal em junho, com aumento de 8,1% - uma contribuição de 3,8 pontos percentuais na variação total.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a alta da inadimplência no semestre se justifica pela política monetária para controle da inflação, com alta dos juros e do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e com o encarecimento do crédito.
O indicador da Serasa Experian reflete o comportamento da inadimplência em todo o país, levando em conta as variações no número de cheques sem fundos, nos títulos protestados, nas dívidas vencidas com bancos e nas dívidas não bancárias.O indicador da Serasa Experian reflete o comportamento da inadimplência em todo o país, levando em conta as variações no número de cheques sem fundos, nos títulos protestados, nas dívidas vencidas com bancos e nas dívidas não bancárias.


PS.:
Será Realmente que vai tudo há mil maravilhas com a nossa  Economia, como quer que acreditemos o Sr Mantega e a D. Dilma?

Justiça em Israel vai contra mãe e determina amputação em menina com câncer


Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil    ---     11 julho 2011


A Justiça de Israel ordenou um hospital a levar adiante a amputação da mão de uma menina de 13 anos contra a vontade da mãe, depois que os médicos afirmaram que sem a intervenção cirúrgica ela morreria.
A menina, cuja identidade não foi revelada, sofre de um tumor maligno e violento e, segundo os médicos, teria uma morte dolorosa se sua mão não fosse amputada.
No entanto, a mãe da paciente, que é religiosa, vetou a operação afirmando que "prefere rezar e jejuar" para curar a filha.
O ministério do Bem Estar Social e o hospital Ichilov, em Tel Aviv, se dirigiram a um tribunal especial que trata de assuntos familiares solicitando que a corte ordenasse a operação, para salvar a vida da criança.

sexta-feira, 8 de julho de 2011


Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta.
Chico Xavier

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ativistas protestam em Berlim contra financiamento alemão a Angra 3


Ativistas antinucleares convocaram um protesto nesta quarta-feira em Berlim contra os planos do governo alemão de subsidiar indiretamente a construção da usina nuclear de Angra 3, no litoral do Rio de Janeiro.
Da BBC Brasil em São Paulo
Maurício Moraes  


Os manifestantes, que realizarão o protesto em frente à sede do governo, dizem ter reunido um abaixo-assinado com 125 mil assinaturas pedindo o fim do financiamento.
A pouco menos de quatro meses do acidente na central nuclear de Fukushima, no Japão, que levou a Alemanha a anunciar o fechamento de todas as suas usinas até 2022, os ativistas querem que o governo Merkel desista de subsidiar a empresa francesa Areva, que irá fornecer equipamentos para Angra 3.
Em entrevista à BBC Brasil, Barbara Happe, porta-voz da ONG Urgewald, disse que "não faz sentido o governo anunciar que fechará todas as usinas alemãs e continuar investindo na construção de plantas em outros países".
O financiamento indireto se dá por meio da agência alemã de fomento a exportações Hermes.

terça-feira, 5 de julho de 2011

MINISTRO DO STF SUSPENDE HORÁRIO PADRÃO NOS TRIBUNAIS


O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu a Resolução 130 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que estabeleceu horário padrão de atendimento ao público nos tribunais do país, das 9h às 18h. A decisão, em caráter liminar, foi favorável à ação ajuizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB)
O presidente da OAB SP, Luiz Flávio Borges D’Urso, disse ser a favor da manutenção da resolução para padronizar o horário. "Com o crescente número de conflitos que chegam ao Poder Judiciário, um período mais largo de atendimento é extremamente necessário para que a Justiça garanta respostas rápidas às demandas da sociedade" afirmou D’Urso.
Segundo Fux, a decisão era necessária pois ele ainda não recebeu todas as informações solicitadas aos tribunais, para analisar as peculiaridades de cada um e julgar o mérito da ação. O ministro disse que algumas cortes teriam que contratar novos servidores para atender à resolução, o que precisaria ser enquadrado em seus orçamentos. Além disso, a norma entraria em vigor no dia 4 de julho, durante recesso do STF, afirmou.
Fux afirmou ainda que serão analisadas a autonomia administrativa dos tribunais e a competência do CNJ para regular a matéria. O magistrado disse que pretende levar a ação a julgamento ao Plenário do STF após em agosto, após o fim do recesso.
A Resolução 130 do CNJ determinou jornada diária de oito horas aos servidores do Judiciário, com atendimento ao público das 9h às 18h. Para a AMB, a medida é inconstitucional, pois invade competência privativa do Poder Executivo e dispõe sobre matéria de regimento dos tribunais, criando obrigação financeira de forma imprópria e violando o pacto federativo.



 
Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo.
                                                       Mahatma Gandhi