terça-feira, 25 de agosto de 2009

DEU NO SITE TERRA

Registros podem confirmar reunião entre 

Lina e Dilma, dizem fontes

Por Larrisa Borges  -  
25 de agosto de 2009 • 15h28 • atualizado às 19h18

Assessores diretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, garantiram nesta terça-feira existir listas de papel que poderiam comprovar um eventual encontro da ministra com a então secretária da Receita Federal, Lina Vieira. Na última sexta, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) informou que as câmeras de vigilância do Palácio do Planalto têm gravações feitas umas por cima das outras em um prazo médio de 30 dias, o que inviabilizaria qualquer tipo de comprovação da possível reunião.

A ex-chefe do Fisco sustenta a tese de que Dilma a teria convocado para o Planalto e pedido que fossem agilizadas e "encerradas" investigações contra empresas ligadas à família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Dilma Rousseff nega ter se encontrado com Lina Vieira e ter feito qualquer pedido dessa natureza.
De acordo com auxiliares de Lula, a regra é que toda pessoa que chegue ao Palácio do Planalto tenha seu nome registrado em uma tabela com informações do horário, data, local da reunião (seja ela agendada ou não), além do nome do funcionário que autorizou que o visitante a entrar nas instalações da presidência da República. O controle seria válido para qualquer pessoa, incluindo ministros de Estado e o próprio presidente Lula.
Na última semana, o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (DEM-GO), solicitou formalmente à segurança do Palácio do Planalto imagens ou registros escritos de todas as autoridades que estiveram no local de trabalho do presidente Lula e de seus ministros mais próximos em novembro e dezembro do ano passado. O suposto encontro e o eventual tráfico de influência de Dilma teriam ocorrido, segundo Lina Vieira, nos últimos meses do ano passado.
Em nota à imprensa divulgada na sexta-feira, o GSI explicou que as câmeras de segurança armazenam imagens, coletadas a partir de sensores de movimento, em um período médio de 30 dias, mas "quando o setor de armazenamento no HD (disco rígido do sistema de vigilância) está cheio, novas imagens substituem as antigas". "Deste modo, não mais existem as imagens relativas aos meses de novembro e dezembro de 2008", informava a nota.
De acordo com a versão apresentada pelo GSI na última semana, a presença ou não de Lina Vieira também não poderia estar registrada em um livro de anotações, uma vez que, segundo as normas internas do sistema de segurança, autoridades com audiências sem agendamento prévio receberiam apenas um adesivo de acesso e não precisariam ser registradas em uma espécie de livro de presença.
Desgastado por uma série de escândalos, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), se mantém no cargo do Senado com o apoio da Presidência da República. Dilma disse em diversas ocasiões que há uma tentativa de "demonizar" o peemedebista.

GAECO DIZ QUE HÁ FORTES INDÍCIOS DA EXISTÊNCIA DO MENSALINHO

O suposto caso da mesada a vereadores da Câmara de Londrina, o chamado “Caso Mensalinho”, que foi palco de inúmeras prisões e um dos pivôs do “Escândalo da Câmara” durante todo o ano passado, teve mais um capítulo. No fim da semana passada o delegado do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado  (GAECO) de Londrina, Allan Flores, indicou o indiciamento de duas pessoas por corrupção passiva e outra por corrupção ativa. Os ex-vereadores Orlando Bonilha e Renato Araújo foram acusados de terem sido beneficiários do esquema do mensalinho, já o diretor da Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL), detentor de 82% do contrato do transporte publico urbano da cidade, Gildalmo Mendonça foi indicado pelo GAECO, como o corruptor.
O GAECO motivado pela delação de Bonilha há época dos fatos, pediu a prisão temporária de Gildalmo, que ficou detido no ano passado pelo período de 5 dias, sob alegação de não vir causar possível prejuízo as investigações.
Allan Flore (GAECO) concedeu uma entrevista à rádio CBN no início desta semana, onde contou que se baseou no depoimento do ex-vereador e ex-presidente da Câmara, Orlando Bonilha, no ano 2008. Segundo afirmou Bonilha ao delegado, pelo ou menos 11 vereadores teriam se beneficiado com o suposto esquema e recebido R$ 1,6 mil da TCGL pelas mãos de Gildalmo Mendonça, com único intuito da Câmara não vir a questionar o transporte coletivo na cidade ou valores das passagens.
 “Existem indícios suficientes, que comprovem a existência de um mensalinho. Baseado nos depoimentos do senhor Bonilha e nas provas coletadas, nós chegamos à conclusão de que existem indícios de que realmente esse fato acontecia”, afirmou o delegado em entrevista à CBN.
Segundo Allan Flore, no depoimento de Bonilha, o ex-vereador Renato Araújo foi apontado como o suposto “administrador da propina”. Ainda conforme o delegado do GAECO, os demais vereadores que supostamente recebiam o pagamento não foram indiciados, porque os indícios contra eles são insuficientes.
O inquérito está em fase de conclusão e Flore não quis dar mais detalhes a rádio sobre os outros indícios. Mas ao encerramento das investigações, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público, que poderá oferecer denúncia à Justiça.

** INFORMAÇÕES PROVENIENTES DA ENTREVISTA DO DELEGADO DO GAECO, ALLAN FLORE À RÁDIO CBN DE LONDRINA EM 24/08.

RELAÇÃO DE LULA E MERCADANTE

PARA OS QUE DEFENDEM O LULA

Muitos dizem que o Lula é o amor dos países lá fora, que ele é elogiado mil. Dizem que jornais como Le Monde, El País e o renomado The Economist somente tem elogios a fazer ao "amado" Lula. Ledo engano senhores, ledo engano...
Basta dar uma rodada básica pelos grandes e independentes veículos de comunicação mundo a fora, pra ver bem qual é o sentido que Obama quis dar a propagadíssima frase "VOCÊ É O CARA".
Nos Estados Unidos, dependendo da conotação, ou melhor, do tom, O CARA tem um significado pra lá de pejorativo, muito próximo do "Sem Noção" ou do "Tu Se Acha".
Pra quem sabe ler bem inglês, por favor, leiam esta matéria da revista THE ECONOMIST, a mesma que os petistas, melhor, lulistas adoram propagar que fala bem DO CARA. Eu nunca li nada neste sentido que adoram vangloriar, eu geralmente leio coisas assim sobre O CARA. 
Por Favor acessem o link abaixo, pra verem que o que digo é a mais absoluta verdade. (The Economist em 13/08/2009)

LUCIA HIPPOLITO CONTA PARA O BRASIL NESTE 25 DE AGOSTO


A revolta na Receita Federal

Nunca antes na história deste país se viu isso: 12 altíssimos dirigentes da Receita Federal pediram exoneração. O subsecretário de Fiscalização, superintendentes de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Maranhão, Ceará, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. O superintendente-adjunto do Rio de Janeiro. Os coordenadores-gerais de Cooperação Fiscal e integração; de Contencioso Administrativo e Judicial; de Tributação; de Estudos, Previsão e Análise; e de Fiscalização.
Não é dizer pouco.
Esta rebelião na Receita é uma espécie de "maldição da prece atendida". Durante a década de 1980 o PT incentivou uma sindicalização acelerada no setor público brasileiro. O resultado foi a criação de centenas de sindicatos de funcionários públicos, que passaram a promover greves frequentes e pressão sobre o Executivo.
A sindicalização do setor público atingiu tal intensidade que a CUT chegou ter a 38 cargos de direção ocupados por representantes dos funcionários públicos.
Na Receita Federal, o sindicato é forte, coeso, organizado. E a demissão coletiva dos altos dirigentes mostra um pouco dessa força.
O grupo se demitiu em protesto à -- até hoje muito mal explicada -- demissão da ex-secretária Lina Vieira. E também em protesto à demissão da chefe de gabinete de Lina, que afirmou que ela e a ministra Dilma se encontraram, sim, tal como a ex-secretária afirmou. E a demissão de um assessor especial de lina Vieira.
Na carta divulgada pelo grupo revoltoso, os agora ex-dirigentes pedem mais espírito republicano, menos ingerência política nos trabalhos da Receita.
E isto é que torna o caso importante, grave mesmo. A mão do Estado é muito pesada. A Receita Federal deve ser técnica, não deve ser guiada por interesses políticos.
Imaginem se um empresário fizer alguma crítica à política econômica do governo. Terá que aguentar uma fiscalização da Receita em sua empresa, durante seis meses?!
O Estado é muito poderoso. Sua mão é muito pesada. Um agente público precisa ser extremamente cauteloso ao usar essa mão contra um cidadão. O cidadão fica inteiramente indefeso diante de tal poder.
É o caso do hoje deputado Antonio Palocci na violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo, caso que deverá ser apreciado pelo STF na próxima quinta-feira.
Independentemente das motivações de um e de outro, a balança pende dolorosamente contra o caseiro, que teve a "petulância" e a "ousadia" de desmentir o então poderoso ministro da Fazenda.
Só para lembrar, Palocci declarou mais de uma vez em comissões de Congresso Nacional que jamais tinha estado naquela casa dos prazeres de Brasília, onde se faziam tenebrosas transações e pululavam garotas de programa.
Pois o caseiro Francenildo, empregado daquela casa, afirmou, também no Congresso Nacional, que viu não uma, mas várias vezes o ministro Palocci naquela casa.
Teve o sigilo bancário violado, sua intimidade exposta na revista Época e a vida destruída.
Ah, sim, Palocci é candidato ao governo de São Paulo, a ministro-chefe da Casa Civil ou mesmo a Plano B, caso não decole a candidatura da ministra Dilma Rousseff.
A mão do Estado é mesmo muito pesada. Daí porque a crise ne Receita Federal nos interessa a todos.

ESTÁ NA FOLHA DE SÃO PAULO, ESTÁ NO NOBLAT


O jeito PT de governar

De Eliane Cantanhêde:
Na Casa Civil, assessores faziam dossiês de cunho nitidamente político contra um ex-presidente da República.
No Banco do Brasil, o sindicalismo tomou de assalto a Previ, a Cassi, a Fundação BB e quase todas as diretorias (só escaparam a de agronegócio e a de relações internacionais, por falta de quadros com desenvoltura nessas áreas). Daí a surgirem aloprados comprando dossiês contra adversários em eleições e coisas do gênero foi um pulo.
Na Polícia Federal, por mais méritos que a maioria das operações tenha, virou cada um por si e ninguém por todos. Ao ponto de um delegado grampear os telefonemas do Planalto, rechear relatórios policiais de adjetivos "ideológicos" e no final cada um ter de ser despachado para bem longe.
Não há surpresa quando esse jeito petista de governar chega à Receita Federal. Aliás, já não era sem tempo. E foi assim que mais de dez funcionários colocaram seus cargos à disposição ontem, inclusive o subsecretário de Fiscalização, Henrique Jorge Freitas da Silva.
O último apague a luz. Até que o novo grupo, ligado ao PT do B, ou PT do C, venha acender as luzes, reativar a tática de ocupação e fazer tudo o que seu mestre mandar.
A debandada foi resultado direto da exoneração de Alberto Amadei Neto e de Iraneth Maria Dias Weiler, que foram assessor e chefe de gabinete de Lina Vieira, demitida em 9 de julho numa situação que ainda não ficou muito clara.
Por incompetência? Será? Ou pode muito bem ter sido por incompatibilidade de métodos -segundo Lina, a ministra Dilma queria "agilizar" as investigações contra o empresário Fernando Sarney. E "agilizar" combina mais com o vocabulário do PT no poder do que com o da técnica com 30 anos de carreira.
É assim, de órgão em órgão, de instituição em instituição, que vamos aprendendo como é uma "gestão republicana". Sem falar na Petrobras da companheirada.