terça-feira, 25 de agosto de 2009

GAECO DIZ QUE HÁ FORTES INDÍCIOS DA EXISTÊNCIA DO MENSALINHO

O suposto caso da mesada a vereadores da Câmara de Londrina, o chamado “Caso Mensalinho”, que foi palco de inúmeras prisões e um dos pivôs do “Escândalo da Câmara” durante todo o ano passado, teve mais um capítulo. No fim da semana passada o delegado do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado  (GAECO) de Londrina, Allan Flores, indicou o indiciamento de duas pessoas por corrupção passiva e outra por corrupção ativa. Os ex-vereadores Orlando Bonilha e Renato Araújo foram acusados de terem sido beneficiários do esquema do mensalinho, já o diretor da Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL), detentor de 82% do contrato do transporte publico urbano da cidade, Gildalmo Mendonça foi indicado pelo GAECO, como o corruptor.
O GAECO motivado pela delação de Bonilha há época dos fatos, pediu a prisão temporária de Gildalmo, que ficou detido no ano passado pelo período de 5 dias, sob alegação de não vir causar possível prejuízo as investigações.
Allan Flore (GAECO) concedeu uma entrevista à rádio CBN no início desta semana, onde contou que se baseou no depoimento do ex-vereador e ex-presidente da Câmara, Orlando Bonilha, no ano 2008. Segundo afirmou Bonilha ao delegado, pelo ou menos 11 vereadores teriam se beneficiado com o suposto esquema e recebido R$ 1,6 mil da TCGL pelas mãos de Gildalmo Mendonça, com único intuito da Câmara não vir a questionar o transporte coletivo na cidade ou valores das passagens.
 “Existem indícios suficientes, que comprovem a existência de um mensalinho. Baseado nos depoimentos do senhor Bonilha e nas provas coletadas, nós chegamos à conclusão de que existem indícios de que realmente esse fato acontecia”, afirmou o delegado em entrevista à CBN.
Segundo Allan Flore, no depoimento de Bonilha, o ex-vereador Renato Araújo foi apontado como o suposto “administrador da propina”. Ainda conforme o delegado do GAECO, os demais vereadores que supostamente recebiam o pagamento não foram indiciados, porque os indícios contra eles são insuficientes.
O inquérito está em fase de conclusão e Flore não quis dar mais detalhes a rádio sobre os outros indícios. Mas ao encerramento das investigações, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público, que poderá oferecer denúncia à Justiça.

** INFORMAÇÕES PROVENIENTES DA ENTREVISTA DO DELEGADO DO GAECO, ALLAN FLORE À RÁDIO CBN DE LONDRINA EM 24/08.

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