sexta-feira, 18 de setembro de 2009

DESPEDIDA

Caros amigos, meu blog em breve irá sair do ar. o motivo é a saída do jornal que trabalho provocado pela inadimplência do meu chefe. A minha internet e fone é GVT, a empresa me comunicou hoje que a partir de amanhã estarei definitivamente sem serviço. Ou seja, além do cara mentir, não me pagar, me enrolar e fugir de mim, deixa uma divida pra trás o telefone. E que eu me exploda.
Durante o tempo que escrevi as minhas mal traçadas linhas e repletas de erro de português fui feliz. espero que tenha ajudado e dado luz à muita gente.
Um abraços à todos e que Deus os ilumine. 

OPINIÃO DE UM LEITOR

Cara Soraia, fico feliz que alguém não diretamente ligado àrea de medicina apresente uma análise tão completa e abrangente deste tema. Sou professor de Medicina há 20 anos. Lecionei na UnB, Mount Sinai School of Medicine e atualmente na UEL. Fui um dos primeiros a apoiar a criação do PBL e fiquei muito feliz com o pioneirismo e a coragem dos professores da UEL. No entanto como você observou o método ficou precocemente velho. A UEL ficou conhecida em todo o Brasil quando pioneiramente, implantou o PBL. Infelizmente ficou mundialmente conhecida quando alguns egressos do curso de medicina demonstraram como NÃO aprenderam a respeitar o próximo. A história do PBL no curso de medicina da UEL é rica tanto pelo avanço que trouxe, como pela estagnação em que agora está atolado.
Antes do PBL, os egressos do curso de medicina da UEL já gozavam de uma excelente reputação. Ser formado por esta ESCOLA DE MEDICINA era sinônimo de qualidade profissional e assegurava admiração e respeito da comunidade a que servia. Os alunos entravam jovens e na maioria das vezes, imaturos. Rapidamente adquiriam conhecimento e principalmente uma compreensão profunda dos problemas da população a que serviam. Amadureciam no pé e daqui saiam para atuar como pessoas humanas mais completas e boas. 
Será que dá para dizer o mesmo de todos os egressos do PBL? 
Todos os professores do curso de medicina aprenderam sua arte com seus os professores que vieram antes deles. Há 10 anos PBL. 
Só para lembrar os fatos: o boicote dos alunos à avaliação de cursos que colocou o curso de Medicina em uma posição de ser até fechado e o pior, o lamentável episódio da invasão do pronto socorro, manchou para sempre a história da nossa querida ESCOLA. Não preciso recontar os acontecimentos, só lamentar.
Nos dois casos ficou implícito o total desrespeito de alguns egressos à verdadeira tradição da nossa escola. Agiram de modo egoísta e imaturo. O amadurecimento não veio. O que aconteceu? O curso de medicina que sempre foi duro e difícil e por isso mesmo, sempre temperou a alma com a satisfação do trabalho bem feito e da coragem, se tornou de certo modo mole e complacente. 
Uns poucos alunos extremamente inteligentes e descaminhados, acabaram por ocupar o papel de modelo negado aos PROFESSORES pela atual dinâmica do PBL.
A ausência do ícone doce e singular do PROFESSOR como alguém importante e exemplar, deu lugar à figura emasculada do TUTOR, um ente sem voz, sem ação, sem história e sem moral para mudar as coisas feias que testemunha.
Entregou-se a horta aos cuidados dos bodes. O resultado é um ciclo interminável de alunos que acham que tem todos os direitos e nenhuma responsabilidade.
Sinceramente cansei do meu papel de poste. Não foi para ser ignorado e humilhado que me esforcei tanto. Não quero mais ser operário nesta Fábrica de Monstrinhos em que o nosso curso de Medicina está se transformando.
Monstrinhos que não respeitam seus professores, sua escola, seus pacientes, sua excelsa arte. 
Monstrinhos arrogantes que acham que decorar os resumos mastigados e encher a boca como se fossem catedráticos do assunto, lhes confere O CONHECIMENTO. 
Monstrinhos que desprezam os exemplos edificantes daqueles PROFESSORES que sacrificam conforto, ganhos financeiros, convívio familiar em troca da honra de servir a nossa amada ESCOLA. 
O PBL precisa mudar, se aperfeiçoar, os problemas têm de ser abordados com coragem. 
O paradigma foi lançado, a teoria implementada, mas até hoje não se provou que o PBL, caro e complicado, forma médicos melhores, mais humanos, mais preparados. Por enquanto, só mais arrogantes.

Carlos Miranda
"Eu nunca ofendi alguém. Apenas disse verdades que incomodavam os outros."


DESEMPREGO CAI EM AMOSTRA DE 2008, MAS A DESIGUALDADE SOCIAL NÃO DIMINUI

Pelos dados da pesquisa divulgada hoje (18) pelo Pnad 2008 do IBGE (Veja aqui), o brasileiro comum teve mais acesso aos bens de consumo e aos serviços. Mas ao passo que se tem acesso a uma "melhor condição de vida", os ricos tem uma vida muito melhor ainda, e a vala da desigualdade social, continua sendo um abismo enorme.
O desemprego diminuiu, mas a qualidade dos salários, em média caíram muito.
No nordeste do Brasil 18,3% da população continua não possuindo uma geladeira. Os analfabetos seguem na casa dos dois dígitos, de 2007 para 2008 pouco mudou, de 10,1% para 10%, isso não pode nem ser considerado um avanço, isso pode ser chamado de paradeira. Os analfabetos funcionais continuam na casa dos 21%, saiu dos 21,8%, mas ainda é 21%, o que comprova que a coisa anda muito, mas muito ruim mesmo.

Os cidadãos mais bem remunerados neste país, detém 42,7% de toda renda gerada e são apenas 10% dos empregados formais, em compensação os que recebem muito menos pulou de 1,1% para 1,2% de toda a riqueza gerada e continuam sendo 10% da população ocupada. 
Segundo o IBGE, (...) "o Brasil, entre 2007 e 2008, houve elevações no rendimento médio mensal real de trabalho em todos os décimos da distribuição de rendimento, especialmente nos 10% das pessoas ocupadas com os rendimentos mais baixos (4,3%). Para os 10% com os rendimentos mais elevados, a alta foi de 0,3%". 
No fritar dos ovos, os ricos mais ricos e o pobre continua pobre e fazendo carnês nas Casas Bahia. 

A tal distribuição de renda tão prometida pelo governo não existe. O milagroso bolsa família não está tendo 'aquele efeito' que foi propagado e a solução ainda está em médio e longo prazo, e reside nos investimentos em Educação, Cultura e Infraestrutura, não está em Pré-sal ou em campanha da Dilma; nas emendas parlamentares ou em qualquer outro discurso governamental. A solução é simples e objetiva, o problema é que as pessoas no poder são, extremamente, enroladas e complicam absolutamente tudo.


CHARGE DO NÉO: "COFISCO DA POUPANÇA"