quinta-feira, 28 de maio de 2009

EI, PSIU! PAGUE O QUE DEVE


Ontem (27), a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Londrina que investiga o Transporte Coletivo, descobriu ao colher os últimos depoimentos, que o município nunca recebeu a taxa de administração que é de 4%, do serviço PSIU (micro ônibus de tarifa diferenciada) pertencente à empresa Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) de propriedade de Constantino de Oliveira, 78 anos, dono e fundador da empresa Gol Linhas Aéreas.

Quem revelou a inadimplência durante depoimento nesta quarta-feira (27) a CEI do Transporte Coletivo foi o ex-presidente da CMTU e ex-secretário da Fazenda Municipal da gestão Nedson Micheleti (PT), Wilson Sella (PT). “Imaginem passar quatro anos sem cobrar taxa de administração? Enquanto a empresa ganhou pra isso”, disparou Sella, e complementou, “Na minha opinião há vários indícios de irregularidades no setor”.

Os trabalhos da comissão que tiveram inicio no final de fevereiro, recebeu prorrogação para mais 60 dias, porém os vereadores londrinenses prometem entregar o relatório em 30 dias. 

 

A empresa Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) de propriedade de Constantino foi protagonista no ano passado de denúncia pelo GAECO (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado) por distribuir uma mesada a vereadores da Câmara londrinense. O gerente da empresa em Londrina Gildalmo de Mendonça acabou sendo preso por cinco dias para que não viesse atrapalhar as investigações e na coleta de provas. O GAECO na ocasião levou computadores e várias planilhas da empresa, além de agendas telefônicas e computadores que estavam na residência de Gildalmo e que pertenciam a TCGL.

A denuncia de que a TCGL pagava um `mensalinho’ a edis londrinenses veio do ex-vereador e ex-presidente da Câmara, Orlando de Valença Bonilha (hoje sem partido). Segundo Bonilha relatou, o mensalinho seria para que os vereadores não entrassem com pedidos de informação sobre pagamentos de impostos e taxas municipais, como não criassem nenhum impedimento ao aumento da tarifa do transporte coletivo da cidade e nem votasse contra as propostas apresentadas pela empresa.

A denuncia contra a TCGL de Constantino seria mais um, dentro tantos episódios que comporam o emaranhado de irregularidades que veio à tona no chamado Escândalo da Câmara de Londrina, o maior da história política recente do município norte pioneiro. 

BARBOSA PAGA PARCELAS DE REAJUSTE DOS SERVIDORES À VISTA

Em mais uma entrevista coletiva, o prefeito de Londrina Homero Barbosa Neto (PDT), anunciou que as parcelas de fevereiro, março e abril do reajuste salarial dos servidores municipais foram depositadas junto com os vencimentos nesta quinta-feira (29), um dia antes da data base da categoria. O reajuste de perdas salariais, que foi de 2,99 % aprovado no mês de abril pelos edis e sancionado pelo atual presidente da Câmara de Vereadores, José Roque Neto (PTB), no último dia de trabalho (30/04) como prefeito interino da cidade, José Roque Neto (PTB). “O pagamento de todas as parcelas a vista, somente foi possível” conforme afirmou Barbosa Neto, “devido à economia realizada nos poucos dias de nossa gestão; na recuperação das parcelas perdidas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e algumas reservas do fundo da prefeitura. O pagamento de todas as parcelas ocasionou impacto direto de R$ 1,5 milhão nos cofres do município”.

Barbosa Neto, afirmou ainda que o ponto dos 638 servidores que trabalham no prédio da prefeitura deixará de ser manual e passará, a partir de segunda-feira (02/06), o servidor registrar o inicio de suas atividades pelo ponto eletrônico. Para os demais servidores que prestam serviço em unidades distantes do Centro Cívico, como as UBS, “o ponto eletrônico estará funcionando em no máximo três meses”, prometeu Barbosa.

Outra mudança é a da centralização da folha de pagamento, antes realizadas pela Secretaria de Gestão e de Orçamento, a partir deste mês já está sendo processada pela Gestão Publica.

Mais uma anuncio chamou a atenção de todos os cidadãos londrinenses. Londrina entra na disputa para trazer à cidade a primeira Farmácia Escola do Estado, o município está concorrendo com outras cidades do Paraná, incluindo a capital, Curitiba.

O prefeito londrinense disse que tem boas perspectiva de vencer a concorrência. “A verba para a implantação e manutenção da Farmácia Escola virá de um convênio entre o município e o Ministério da Saúde que fornecerá os equipamentos. A estrutura física será cedida pela UEL (Universidade Estadual de Londrina), que instalará a unidade ao lado do Hospital das Clinicas que se localiza na PR-445, no Campus da universidade”, destacou Barbosa Neto.

O Farmácia Escola já é uma realidade no estado de Santa Catarina a tem recebido elogios como modelo das entidades medicas e farmacêuticas brasileiras e almejadas por todas as unidades da federação brasileira, pela qualidade dos medicamentos produzidos, em geral de uso continuo e com preços muito abaixo do custo, possibilitando as pessoas mais carentes a ter acesso a remédios que antes não era possível de ser adquiridos devido aos valores praticados pelo mercado ou mesmo nas farmácias populares.