sábado, 26 de junho de 2010

"... Serra avisou nesta noite (sábado 26/06(), em telefonema ao presidente do PPS, Roberto Freire, que não iria à convenção nacional do partido (PPS) que vai formalizar a aliança de oposição na disputa presidencial. Freire comunicou a plateia da convenção a ausência de Serra. Segundo o presidente do PPS, Serra "mandou dizer que está firme e não vai se submeter a imposições de quem quer que seja"..."


Poste do site O Estadão, sábado 26 de junho, às 19h53

"Sim, eu era do PDT. No primeiro turno ficamos com o Ciro Gomes . No segundo turno, o partido apoiou o Lula. O problema é que o Lula apoiou o Requião (Roberto, candidato PMDB que venceu a eleição). Ele não me apoiou. Eu não apoiei o governo dele (do Lula) nenhum dia. Eu fui levado pelo partido (PDT) no segundo turno."


Senador Álvaro Dias (PSDB-PR) em entrevista exclusiva 
dada na noite de sábado ao site Último Segundo

Datafolha soube do vice antes do DEM

Por H. C. Paes

Vocês não vão acreditar no que vou lhes dizer.
O Datafolha acabou de aviar pesquisa nacional junto ao TSE.
Mas acabou mesmo, eu tinha verificado a página poucas horas antes.
Questionário fantástico, muito bem alinhavado. Cobertura amostral não divulgada.
Sem rede neural.
A pergunta que eu tanto queria ver, e que mencionei ontem aqui em conversa com o Gunter, está lá: "O senhor considera a possibilidade de mudar seu voto?".
Mas, tchan, tchan, tchan, tchaaaaaaan...
ELES JÁ INCLUÍRAM O NOME DE ÁLVARO DIAS COMO CANDIDATO A VICE-PRESIDENTE DE SERRA!
Podem olhar lá: protocolo 17162/2010.
Pergunta número 12.
De duas, uma:
- Eles estavam com o questionário pronto na sala de espera da secretaria do TSE, esperando a divulgação do nome para preencher na ficha;
- A segunda eu deixo vocês preencherem.
Ou será que viraram videntes?
De resto, eles fazem as perguntas demográficas de sempre, mais algumas sobre o alcance das inserções partidárias junto à população e o desempenho do Brasil na Copa.
O período de cobertura é a quarta 30 e a quinta primeiro de julho, para divulgação imediata. Ou seja, se houver manipulação, tentar-se-á anular os efeitos da pesquisa da Vox, que só vai até dia 26.
Será que eu estou vendo pestana em ovo? 

A NOVELA DO VICE DE JOSÉ SERRA


A vice para Alvaro não ajuda a resolver um Estado complicado

26 jun 2010 - 17:57

de Renata Lo Prete, editora da coluna “Painel”, da Folha de São Paulo:

Oportunismo e falta de opção levaram à escolha de senador

Alvaro Dias virou -ao menos até o momento- candidato a vice por uma mistura de oportunismo (dele) e falta de opção (de José Serra).



Na cabeça de Serra, plano mesmo existiu apenas o A, de Aécio Neves. Por apostar na possibilidade de atraí-lo -fundamentalmente com base em pesquisas que, a esta altura, indicassem perspectiva robusta de vitória-, ele jamais investiu na construção de uma alternativa.
Temia fechar a porta àquela que sempre lhe pareceu a melhor solução.
Para completar, as negativas públicas do ex-governador de Minas eram contraditadas nos bastidores, aqui e ali, por pessoas de sua inteira confiança, mantendo viva a especulação em torno da “chapa dos sonhos”.
A novela se arrastou durante meses, produzindo algum desgaste político e, no noticiário, uma longa lista de gente que “não aceitou” ser vice -composta, em boa medida, por gente a quem Serra nunca cogitou dar a vaga.
Único esboço de um plano B, Francisco Dornelles não tinha os atributos do primo Aécio, mas poderia ajudar no Rio, Estado-chave onde os tucanos correm risco de deslizamento, e, mais importante, traria como dote quase um minuto e meio de tempo de televisão do PP, partido que o senador preside.
Porém, em meados de maio, a mesma onda de crescimento de Dilma Rousseff (PT) que levou Aécio a pronunciar o “não” definitivo enterrou a disposição do PP em se juntar à oposição.
Aí começou a repescagem.
Presidente do PSDB, o pernambucano Sérgio Guerra subiu na bolsa de apostas menos pela capacidade de agregar votos, diminuta, e mais porque seu nome causaria pouco atrito entre os aliados. Já estava em queda quando foram descobertos funcionários fantasmas em seu gabinete no Senado.
Serra considerou a sério a hipótese Patricia Amorim, vereadora tucana no Rio (um ganho potencial) e presidente do Flamengo (outro).
Opção heterodoxa, a ex-nadadora foi bombardeada pelo próprio partido (Guerra e Dias à frente) e pelo presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ) -que agora ameaça deixar a aliança em razão da escolha de Álvaro e do modo como ela veio a público.
Com a resistência em baixa, a candidatura foi atacada por uma infecção oportunista: Alvaro Dias, um senador afeito à vitrine das CPIs que jamais contou com a simpatia de Serra, passou a vender sua indicação como única forma de convencer o irmão, Osmar (PDT), a apoiar os tucanos no Paraná, em vez de se lançar candidato ao governo e dar palanque a Dilma.
Serra não gostou da faca no pescoço, mas, interessado em interromper a série de más notícias para a campanha, acabou cedendo.
Seu vice -se o arranjo sobreviver- carece das três qualidades mais valorizadas na função. Não agrega tempo de TV, não ajuda a resolver um Estado complicado (o Paraná é dos mais confortáveis para os tucanos) e não ameniza a resistência de nenhum setor do eleitorado a Serra. Foi o que deu para fazer.

ATIRE A PRIMEIRA PEDRA QUEM NUNCA JOGOU A PM CONTRA OS PROFESSORES


Aécio Neves diz entender insatisfação do DEM, mas cobra apoio à escolha do vice tucano

Rayder Bragon
Especial para o UOL Notícias
Em Belo Horizonte

O ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves cobrou neste sábado (26) unidade do DEM com o projeto eleitoral da oposição e disse confiar em que o aliado não deverá desembarcar da campanha de José Serra à sucessão presidencial em razão de a legenda ter sido preterida na indicação do vice na chapa tucana.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) foi o indicado para compor com o ex-governador paulista, o que deflagrou uma crise entre as duas legendas, já que o DEM tinha como certa a indicação de um nome do partido para o posto ofertado a Dias.
Questionado se o momento era o menos favorável de o aliado ameaçar retaliação após Serra ter sido suplantando por Dilma Rousseff, candidata do PT ao Planalto, na última pesquisa CNI/Ibope, Aécio disse compreender a postura do partido aliado na busca por tentar encaixar um nome na chapa tucana, mas relembrou compromisso assumido pelo DEM com o projeto tucano.
“É importante agora darmos um tempo, respeitar as opiniões que sejam divergentes, mas sempre tendo como norte a nossa unidade, que é o instrumento mais vigoroso que nós temos para chegar à vitória”. Para ele, os dois partidos devem chegar a um consenso “nos próximos dias”. O ex-governador participou nesta tarde de convenção estadual do PPS, na capital mineira.
Ele disse ainda respeitar a decisão do partido ao escolher o senador Álvaro Dias, a quem classificou “atuante”, e que Serra saberá “construir a unidade em torno do seu nome”.
Em seguida, o tucano participou da convenção estadual do DEM e disse que as duas siglas, em Minas Gerais, são como “irmãos siameses”, ao elogiar o suporte dado pela sigla durante sua gestão.

"O que aproxima o DEM do PSDB é a nossa visão de país, o nosso compromisso com os avanços, com governo que privilegia a meritocracia e, não, o aparelhamento da máquina pública. Nós temos muita identidade e é isso que vai prevalecer. É natural que no momento que surjam nomes, descontentem a ou b, mas eu tenho muita confiança que a liderança do (ex)-governador Serra prevalecerá e nós vamos estar juntos com o Democratas", afirmou antes de entrar no local. 

Para interlocutores próximos, no entanto, Aécio Neves teria dito que o clima entre PSDB e DEM no cenário nacional estaria muito “confuso’ nesse momento e manifestou preocupação com o momento tenso entre os dois partidos. O tucano fecha a agenda de participação em convenções deste sábado na Câmara Municipal de Belo Horizonte, onde participa de evento do PDT. Neste domingo, ele participa da convenção estadual do PSDB.