CAMPANHA SEM FIM - BOMBARBEIRO CONTRA BARBOSA CONTINUA

Nem bem assumiu os trabalhos à frente da prefeitura de Londrina, Homero Barbosa Neto (PDT) teve ontem (06/05) dois pedidos de investigação protocolados junto a Justiça Eleitoral da cidade. As ações estão sendo movidas pelo PSDB e já se encontram para analise da juíza da 41º Zona Eleitoral.

O primeiro pedido de investigação é em relação à utilização dos meios de comunicação dos sindicatos de Londrina para divulgação e propagação do programada de governo do então candidato a prefeito Barbosa Neto. Segundo nos informou o advogado do PSDB, Dr. Miguel Ângelo Aranega Garcia, “parte do material de propaganda em prol de Barbosa vinculado em jornais produzidos pelos sindicatos de Londrina, já foi recolhido em três apreensões realizadas no período da campanha do turno complementar eleitoral”.

A outra ação, “esta mais grave”, segunda analisa o advogado dos tucanos, trás um CD com imagens de um servidor público municipal, chamado Dirceu Pivaro, conversando com uma segunda pessoa que não aparece nas imagens, mas que provavelmente seja o responsável pelo conteúdo gravado. “No CD que chegou as nossas mãos pelo correio com um bilhete dentro constando apenas o nome do servidor londrinense, trás imagens deste senhor dizendo que o Deputado Federal Ricardo Barros deu 2 milhões em caixa 2 para a campanha de Barbosa. Outros 550 mil teriam sido doados da mesma maneira pelo comunicador Ratinho. Mas 600 mil teriam sido entregues a Barbosa pelo seus suplente e hoje deputado federal, Wilson Picler (PDT). E ainda 250 mil teriam vindo do PR (Partido da República)”. Afirmou Garcia.  

“Caso comprove-se as denúncias, Barbosa poderá ser cassado e caberá ao TRE indicar qual o procedimento deverá ser tomada para sanar a falta de titular no comando da Prefeitura de Londrina”, completou o advogado do PSDB.

Em contato com o coordenador da campanha no 3º Turno, o Deputado Federal Ricardo Barros (PP), informado de que teria sido apontado por Dirceu Pivaro no vídeo constante no CD de haver doado recursos não contabilizados, totalizando R$ 2 milhões, disparou sem nem pensar: -“Ai meu Deus quem me dera! Quem é esse cidadão, não conheço todo mundo de Londrina, mas nunca vi este senhor. Quem é ele?” (Se referindo a Pivaro peça pivô que gerou a segunda denúncia).

“Fui coordenador geral da campanha, e não nego. Tivemos o maior cuidado com a contabilidade e com procedência das doações realizadas. Na minha opinião isso é mais uma manobra do assessor do Luiz Carlos Hauly, o Amauri Escudeiro. Será que já não basta o que eles (Hauly e Amauri) fizeram com o Belinati, querem repetir com o Barbosa?” Argumentou Barros e na sequencia disparou, -“Não vou discutir a política de Londrina, mas o povo por sete vezes disse não a eles. Será que a resposta dada pelo povo não basta”.

A assessoria de Comunicação da Prefeitura de Londrina, disse a posição do prefeito Barbosa Neto é a de esperar o andamento dos pedidos de investigação e que no tempo certo irá pronunciar-se sobre o assunto.

O Promotor Miguel Sogaiar, em entrevista dada hoje a Paiquerê FM disse ser um absurdo tais denúncias, pois as contas do prefeito eleito haviam sido meticulosamente analisadas em não foi encontrada nenhuma irregularidade das que haviam sido indicadas no primeiro protocolo de pedido de investigação, o qual consta uso de publicidade irregular. Quanto ao segundo pedido de investigação, “é preciso se ter muito cuidado e verificar a procedência antes delinear qualquer tese sobre o assunto”, declarou Sogaiar.

Até o fechamento desta edição não foi possível localizar o presidente do PR, nem os outros indicados na denúncia. Também não localizamos o Dirceu Pivaro. 

PROCON ENCERRA O MÊS DE ABRIL COM AUMENTO HISTÓRICO DE RECLAMAÇÕES

O PROCON de Rolândia, cidade que faz parte da região metropolitana de Londrina, registrou no mês de abril um aumento considerável no número de atendimentos se compararmos ao mesmo período no ano passado. O órgão teve um acréscimo de 219% no atendimento em apenas 18 (dezoito) dias trabalhados.

O coordenador Tiago de Oliveira Fabri falou sobre as reclamações dos consumidores. “No mês, além das reclamações rotineiras, ocorreu o primeiro atendimento sobre o assunto alimentos. Uma consumidora comprou um bombom que continha no seu interior sobras de uma cápsula de comprimido”.

Outro fato que fez com que elevasse consideravelmente o número de reclamações feitas ao órgão foi as telefonias fixa e móvel que arrebanharam o primeiro lugar, seguidas pelos cartões de créditos e leasing, além dos defeitos, a não entrega de produtos e falta de assistência técnica as mercadorias.

Em Londrina a situação também é a mesma. Em contato com o departamento administrativo do PROCON, o coordenador de estatística, Victor Hugo Carneiro nos relatou que houve o aumento no atendimento, “em abril de 2008 atendemos 730 reclamações, com 22 dias úteis. No mês de abril deste ano atendemos 1285 ocorrências, com 18 dias úteis. Comparado ao mês passado (março/2009) que tivemos 1486 atendimentos, caiu. Mas se levarmos em conta que o mês de março teve 22 dias úteis houve com certeza de um mês para o outro um acréscimo razoável”.

Em abril de 2008, foram atendidas em média de 35 reclamações ao dia. Em abril deste ano o número saltou para 71 reclamações em média ao dia, ou seja, houve um acréscimo de 76% no atendimento em comparação ao mesmo período do ano passado.

No mês de março deste ano o Procon de Londrina atendeu em média 67 reclamações de consumidores insatisfeitos.

Os setores de telefonia fixa e móvel, também são os campeões de reclamações do Procon de Londrina, com cerca de 45% das ocorrências, seguidas pelos cartões de crédito e os empréstimos pessoais.     

O Diretor da Comissão de Direito do Consumidor da OAB Londrina e professor da Faculdade Paranaense FACCAR em Rolândia, Dr. Rodrigo Brum Silva, apontou um conjunto de causas possíveis que podem ter levado a este vultuoso acréscimo nas reclamações no PROCON. “A expansão da oferta da telefonia sem que haja o aumento do suporte técnico suficiente e adequado. A utilização em maior número dos cartões de crédito e maior parcelamento das dívidas, que na minha opinião veio em decorrência da crise financeira, já que caiu a circulação de capital no mercado. Não sobrando dinheiro e com orçamento apertado às pessoas procuram cuidar melhor de seus bens em geral”.

Outro fator apontado pelo Dr. Rodrigo Brum é o trabalho de conscientização do cidadão, “hoje o cidadão está muito mais informado, tanto pelo trabalho de apoio dado pela mídia escrita como pela áudio-visual, unido aos movimentos em prol do consumidor que vem sendo realizado pelas várias Ongs e Institutos que surgiram no Brasil nos últimos anos. Como também, vem surtindo resultado o árduo trabalho que vem sendo efetuado há anos pela Ordem dos Advogados através das campanhas de esclarecimento sobre o Código do Consumidor, as comissões de estudo para o aprimoramento do estatuto vigente e a defesa dos diretos através inúmeras ações coletivas impetradas pela Ordem”. “Mas espero que este fenômeno seja pontual a crise e quando ela (crise) passar, o aumento das reclamações venha a cair naturalmente”, preconizou Brum.