A Promotoria de Justiça de Londrina ajuizou nesta sexta-feira (11), ação civil pública contra o vereador Paulo Arildo (PSDB) por ato de improbidade administrativa. Segundo o Ministério Público, o vereador praticava o chamado “racha salário”, ou seja, exigia parte dos salários de seus assessores como condição para mantê-los nos cargos comissionados. Os promotores de Justiça Renato de Lima Castro e Leila Schimiti Voltarelli afirmam nos autos do processo, que três assessores confessam ter feito o repasse a Paulo Arildo. Os valores repassados variavam entre 200 e 500 reais por mês, para cada assessor.
Paulo Arildo e sua esposa, Valéria Cristina de Oliveira, ambos vem sendo investigados pela Promotoria do Patrimônio Publico em Londrina, desde abril de 2008. De acordo com o promotor Renato de Lima Castro, “O casal recebeu o valor total de R$ 16.480,00, isso caracterizou enriquecimento ilícito”.
A Promotoria pediu na ação o afastamento cautelar liminar imediato do vereador de seu cargo junto à Câmara Municipal de Londrina e ao julgo final da ação é pedida a suspensão dos direitos políticos de Arildo por 10 anos, além do pagamento de multa civil de três vezes o valor do acréscimo patrimonial e a proibição de contratar com o poder publico pelo prazo de 10 anos.
OUTROS CASOS
Em apenas uma semana foram quatro vereadores denunciados pelo Ministério Publico ou representados em ação administrativa na Câmara de Londrina. O primeiro caso vem se arrastando desde julho e o vereador envolvido é Rodrigo Gouvêa (PRP), relator da CPI da Planilha da Tarifa do Transporte Coletivo que foi acusado de ter funcionário “fantasma” contratado pelo seu gabinete na Casa e de haver cobrado propina para votar favorável no programa “Minha Casa, Minha Vida”, do engenheiro Maurício Costa idealizador do projeto. Gouvêa tem duas ações correndo no MP e foi instaurada uma ação na última quarta-feira (9) na Comissão de Ética da Câmara de Vereadores de Londrina.
O Outro caso que apenas tramitando na Comissão de Ética da Câmara, é a denuncia protocolada contra o ex-líder do prefeito na Casa e ex-presidente CPI da Planilha, o vereador Joel Garcia (PDT). Segundo a denúncia protocolada na sexta-feira (4), pela ex-enfermeira e ex-servidora municipal, Maria Regina Amâncio, o vereador mantinha lotado em seu gabinete na Câmara um funcionário que nunca compareceu (fantasma) e uma funcionária que trabalha sem ser contratada pelo gabinete junto a Casa.
Regina Maria Amâncio, ainda protocolou nesta terça-feira (8), ação de improbidade na Comissão de Ética da Câmara de Vereadores contra o presidente da Casa e ex-prefeito interino de Londrina, José Roque Neto (PTB), sobre a alegação de que o Roque Neto teria arquivado a sua representação contra Rodrigo Gouvêa (PRP) em julho sem ter realizado a devida investigação e por ser testemunha da reclamatória feita pelo engenheiro Maurício Costa e não haver instaurado há época do episódio processo administrativo para apurar a denúncia verbalizada pelo construtor.