quinta-feira, 27 de maio de 2010

TECNOLOGIA


Cientista diz ter sido infectado com vírus de computador

O cientista britânico Mark Gasson, da Universidade de Reading, contaminou um chip de computador que foi implantado em sua mão.
O artefato, que o permite passar por portas com código de segurança e ativar seu telefone celular, é uma versão sofisticada dos chips de identificação utilizados para marcar animais.
Gasson demonstrou em experiências que o chip tem a capacidade de passar o vírus de computador para sistemas de controle externos.
Se outros chips implantados fossem então conectados ao sistema eles também ficariam corrompidos, segundo o cientista.

Alerta médico
Gasson admite que o teste apenas prova um princípio, mas ele acredita que existam implicações importantes para um futuro em que aparelhos médicos, como marcapassos e implantes cocleares (dispositivos eletrônicos que ajudam a proporcionar uma sensação de som para pessoas surdas) se tornarão mais sofisticados e correrão o risco de ser contaminados por outros implantes humanos.
"Com os benefícios deste tipo de tecnologia vêm os riscos. Nós podemos nos melhorar de alguma forma, mas assim como as melhorias de outras tecnologias, como os telefones celulares, por exemplo, elas se tornam vulneráveis a riscos, como problemas de segurança e vírus de computador", afirmou Gasson.
O cientista prevê que no futuro vá ser feito maior uso de tecnologia implantada.
"Este tipo de tecnologia passou a ser comercializado nos Estados Unidos como um tipo de bracelete de alerta médico, para escanear seu histórico médico no caso de você ser encontrado inconsciente."

Cirurgia plástica
O professor Rafael Capurro, do Instituto de Ética da Informação Steinbeis-Transfer, na Alemanha, disse à BBC News que a pesquisa é "interessante".
"Se alguém for capaz de obter acesso online a seu implante pode ser algo sério", disse.
Capurro contribuiu para um estudo para a Comissão Européia em 2005 que analisou o desenvolvimento de implantes digitais e o possível abuso deles.
"De um ponto-de-vista ético, a vigilância de implantes pode ser positiva e negativa", afirmou.
"Vigilância pode ser parte do tratamento médico, mas se alguém quer te prejudicar pode ser um problema."
Além disso, afirmou Capurro, deve haver cautela se implantes com capacidade de vigilância começassem a ser utilizados fora do campo médico.
Porém, Gasson acredita que vai haver uma demanda para estes aplicativos não-fundamentais, assim como as pessoas pagam por cirurgia plástica.
"Se nós encontrarmos uma forma de melhorar a memória ou o QI de alguém, então há uma possibilidade real de que as pessoas resolvam ter este tipo de procedimento invasivo."

quarta-feira, 26 de maio de 2010

COMPENSAÇÃO FINANCEIRA POR ESTUPRO É APROVADA PELA CSS DA CÂMARA


Quarta-Feira, 26 de Maio de 2010

Comissão de Seguridade aprova “bolsa estupro”
Medida institui compensação financeira às mulheres que optarem por ter filhos decorrentes de violência sexual e pode comprometer avanço de pesquisas com células-tronco.
MP
Selo da campanha contra violência sexual: projeto prevê indenização para mães vítimas de estupro que optem por não abortar seus filhos
 
Sob forte polêmica, a Comissão de Seguridade Social da Câmara aprovou na semana passada um projeto de lei que, entre outras coisas, institui um benefício econômico para mulheres vítimas de estupro, que não desejam realizar aborto. A proposta, batizada por feministas como “bolsa estupro”, prevê o pagamento de benefício para mulheres violentadas que não tenham condições financeiras para cuidar da futura criança.

A proposta segue agora para a Comissão de Finanças e Tributação, onde será analisada a viabilidade financeira da matéria. De acordo com o texto aprovado, o Estado arcará com os custos do desenvolvimento e da educação da criança até que venha a ser identificado e responsabilizado o genitor (o estuprador) ou que a criança seja adotada por terceiros. Se identificado o responsável pelo estupro, ele, além de responder criminalmente, deverá pagar pensão ao filho por período a ser determinado.
A iniciativa foi recebida com protestos por entidades feministas favoráveis à legalização do aborto. Elas alegam que ao beneficiar mulheres vítimas da violência com uma ‘bolsa’, o Estado está sendo conivente com a violência. As entidades afirmam que a proposta abre pressupostos para que estupradores reivindiquem direitos de pai e que a intenção da iniciativa é dificultar o acesso de mulheres vítimas de estupro aos procedimentos públicos de aborto legal.
“Essa bolsa é uma forma das mulheres não recorrerem ao aborto legal. É uma iniciativa muito grave, pois dá a um criminoso os direitos de pai e, além disso, institui a tortura, já que a mulher será obrigada a ficar nove meses carregando o bebê vítima de estupro. Esse projeto é retrógrado e fundamentalista”, disse a coordenadora nacional da Articulação das Mulheres do Brasil e da Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto, Rogéria Peixinho.
Direito à escolha
A prática do aborto é proibida no Brasil. O Código Penal brasileiro, no entanto, prevê duas exceções para permitir essa prática. O art. 128 do Código Penal permite a realização de aborto em caso de gravidez resultante de estupro ou em ocasiões de aborto necessário para salvar a vida da gestante. Esse direito foi instituído na década de 1940, quando entrou em vigência o Código Penal.
Segundo a relatora da proposta, deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), o projeto não modifica o que está previsto no Código Penal, apesar de manter o artigo que prevê que “é vedado ao Estado ou a particulares causar dano ao nascituro em razão de ato cometido por qualquer de seus genitores”.Os que são favoráveis à matéria afirmam que o benefício para gestantes vítimas de estupro é uma solução para mulheres de baixa renda que não desejam fazer o aborto e uma forma de responsabilizar os autores da violência.
“Hoje, o aborto é apresentado como uma única solução. Essa é uma alternativa para mulheres que são contra o aborto, e isso não fere os direitos das mulheres. O estupro já é uma violência e hoje elas só têm a escolha de recorrer à outra violência, que é o aborto. Muitas vezes, o estupro é cometido por alguém dentro de casa, que tem condições e deve ser responsabilizado pelo desenvolvimento da criança”, afirma a presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto, Lenise Garcia.
Células-tronco correm risco
Apesar da polêmica mais evidente estar em torno da “bolsa estupro”, o projeto é bem mais abrangente e traz outros pontos controversos. Ele cria o Estatuto do Nascituro, estabelecendo os direitos e deveres que envolvem o nascituro – “ser humano concebido, mas ainda não nascido”, incluindo os seres humanos concebidos “in vitro”, mesmo antes da transferência para o útero da mulher.

O projeto, no entendimento do deputado e médico Darcisio Perondi (PMDB-RS), afeta diretamente as pesquisas com células-tronco e pode inviabilizar esse tipo de estudo científico. O parlamentar explica que, ao dar ao nascituro a natureza humana – o que está previsto no art. 3º –, o projeto confere aos embriões in vitro (objetos da pesquisa de células-tronco embrionárias) o direito inviolável à vida, não sendo possível, portanto, realizar procedimentos que coloquem em risco a existência desses embriões.

“Como o projeto estabelece o início da vida desde a concepção, tudo o que mexer com o nascituro é criminoso. No banco de embriões para pesquisas de células-tronco, por exemplo, alguns embriões, depois de um período, podem ser descartados. Com esse projeto, cientistas e médicos serão todos criminosos”, diz Perondi. “Onde começa a vida é um dogma que nem a ciência tem certeza de nada, agora uma lei vai decidir”, constata.
Perondi foi autor de um voto em separado, que contrapôs vários pontos do projeto. Segundo o deputado, o PL afronta, inclusive, o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF). Em março de 2008, o ministro Carlos Ayres Britto considerou improcedente uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que questionava a realização de pesquisas com células-tronco embrionárias, prevista no art. 5º da Lei de Biossegurança (Lei 11.105/95). O ministro sustentou a tese de que, para existir vida humana, é necessário que o embrião tenha sido implantado no útero da mãe (veja aqui o voto completo). 

“Diferentes tribunais constitucionais vêm reconhecendo o direito de se proteger a vida do nascituro. Entretanto esse direito não se dá na mesma intensidade com que se tutela o direito à vida das pessoas humanas já nascidas. Afirmar que o nascituro deve ter seus direitos reconhecidos no mesmo grau que os direitos de uma criança ou uma mulher é ignorar elementos básicos da personalidade como a consciência, o nascimento com vida, a participação em uma comunidade política”, defendeu Perondi.

Quando começa a vida

A proposta aprovada é um substitutivo elaborado pela deputada Solange a partir do projeto do deputado Luiz Bassuma (PV-BA) (PL 478/2007) e outros três apensados (PL 489/2007, PL 1763/2007 e PL 3748/2008). Na avaliação de Bassuma, o projeto aprovado é muito importante e vem corrigir uma omissão feita pela Constituição que “não estabeleceu quando se começa a vida”. “Ele vem corrigir isso. Ele tem essa principal finalidade que é mostrar o advento da vida”, considerou Bassuma.

Mas, para a assistente técnica do Centro de Estudos Feministas de Estudo e Assessoria (Cfemea) Kauara Rodrigues, “afirmar que o nascituro é uma pessoa só é possível a partir de uma determinada crença, filosofia e entendimento científico”. A assistente explica que há várias teorias sobre quando se inicia a vida e que, portanto, o projeto fere direitos e garantias fundamentais de liberdade de crença.
“Não há consenso nem entre cientistas de onde se começa a vida. O projeto fere princípios, direitos e garantias fundamentais que permitem a liberdade de crença, de pensamento e a igualdade dos sujeitos. Nós consideramos o projeto um dos grandes retrocessos para a legislação brasileira”, disse Kauara.
Intervenções
O projeto confere ao nascituro “plena proteção jurídica”. Essa proteção abarca os direitos à vida, à saúde, à alimentação, ao desenvolvimento, à integridade física, à dignidade, à liberdade, ao respeito e à família. A proposta coloca como dever da família, da sociedade e do Estado assegurar ao nascituro esses direitos. Segundo o projeto, nenhum “ser humano concebido, mas não nascido” será objeto de “negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
A proposta prevê, inclusive, que aos nascituros deverão ser destinadas políticas públicas, que permitam um desenvolvimento sadio e harmonioso e um nascimento em condições dignas. O projeto assegura, até mesmo, o atendimento dos nascituros através do Sistema Único de Saúde (SUS). “É para nós um projeto de máxima importância, porque entendemos que a vida não se restringe a troca de moléculas. Existe uma ligação espiritual que se inicia desde o momento da concepção e esse projeto protege essa vida”, avalia o diretor da Federação Espírita Brasileira, César Perri.
Entre os direitos do nascituro, está a proibição de serem utilizados métodos para diagnóstico pré-natural que causem à mãe ou ao nascituro riscos desproporcionais ou desnecessários. Na avaliação do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), parlamentar contrário à proposta, esse dispositivo atenta contra a vida, pois impede que sejam realizadas intervenções cirúrgicas em fetos com patologias cardíacas, por exemplo.
“Esse estatuto depõe contra a vida do feto e da mãe. Algumas patologias cardíacas podem ser corrigidas com intervenção cirúrgica ultra-uterina. Não podendo ser corrigidas, você pode colocar em risco não só a vida do feto como também da mãe”, disse Dr. Rosinha.

PTB VAI DE SERRA

Pelo jeito a disputa eleitoral esquentou de vez, nem mesmo o embarque da  Seleção Brasileira a Joanesburgo capital da Africa do Sul, nesta quinta-feira (26), esfriou a coisa toda.


Após o debate na CNI em Brasília - que na opinião desta que vos escreve, deferia ter sido retransmitido pro país inteiro assistir, principalmente as considerações finais da Marina Silva (pré-candidata do PV), o pré-candidato José Serra (PSDB) foi almoçar com o presidente do PTB, o ex-deputado cassado e 'muso' do Mensalão Roberto Jefferson.


O almoço entre Serra e Jefferson terminou em uma bela sobremesa. O doce servido teve o delicioso gosto de acordo, recheado por apoio e com cobertura de declaração publica. Roberto Jefferson na saída do encontro gastronômico disse a imprensa nacional que o PTB vai de Serra e que será confirmado na convenção do partido em junho próximo.


Como mais ou menos disse Marina Silva hoje no debate da CNI:
"No 1º Turno a gente voto com o coração, em que a gente gosta e acredita. No 2º Turno a gente voto no menos 'pior'". 

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O QUE É IMPORTANTE DEMAIS, MAS NINGUÉM VÊ OU QUER ENXERGAR


TESOURO - [ 20/05 ]

Dívida Pública Federal bate a marca de R$ 1,5 tri em abril


O segundo empréstimo de R$ 80 bilhões do Tesouro Nacional ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fez um estrago na Dívida Pública Federal (DPF). O estoque da dívida bateu em abril a marca de R$ 1,5 trilhão com a emissão de R$ 74,33 bilhões em títulos para a liberação da primeira parcela do segundo empréstimo ao banco estatal. Em apenas um mês, o estoque da dívida DPF, que inclui a dívida pública interna em títulos e a externa, subiu de uma vez R$ 89,94 bilhões e atingiu R$ 1,58 trilhão.
O aumento do endividamento só não foi maior porque a dívida pública externa caiu R$ 2,58 bilhões ao longo do mês. O impacto do empréstimo ao BNDES bateu diretamente no estoque da dívida interna em títulos, que saltou R$ 92,53 bilhões de março para abril. Foi a maior elevação da dívida interna num único mês desde o início da série histórica do Tesouro, em dezembro de 1999: 6,61%. Em maio, a dívida vai novamente sofrer os efeitos do empréstimo ao BNDES com a emissão de mais R$ 5,6 bilhões de títulos para a segunda e última parcela.
Desde o estouro da crise financeira internacional, em setembro de 2008, o estoque da dívida interna já teve uma alta de R$ 269 bilhões até abril deste ano. Boa parte do aumento foi decorrente dos dois empréstimos feitos pelo Tesouro ao BNDES, que juntos somam R$ 180 bilhões. A decisão de capitalizar o BNDES, via empréstimos de longo prazos, tem com objetivo aumentar a capacidade do banco de financiar projetos de investimento. Mas a decisão de política econômica que trouxe impacto na dívida bruta do setor público tem aumentado a desconfiança dos analistas em relação à política fiscal do governo depois da crise. As agências internacionais de risco vêm fazendo alertas recentes para o problema e já avisaram que estão de "olho" na relação entre governo federal e BNDES.
Ao anunciar nesta 5ª feira (20) os dados, o coordenador de Planejamento Estratégico da Dívida Pública, Otávio Ladeira de Medeiros, avaliou que o empréstimo ao BNDES não comprometeu a imagem do Brasil perante as agências. Segundo Medeiros, não há risco de rebaixamento da nota do País, que já recebeu o grau de investimento das três principais agências. "Nenhuma delas sinaliza qualquer expectativa de rebaixamento da nota do Brasil", disse Medeiros.
Metas de superávit. Na avaliação do coordenador, o "elemento central" que faz com que as agências fiquem tranquilas e se sintam confortáveis é a trajetória projetada de queda da dívida líquida e bruta do setor público prevista na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) e as metas de superávit das contas do setor público previstas para 2011, 2012 e 2013. Medeiros destacou que a LDO já prevê uma meta de 3,3% do PIB de superávit primário de 2011 a 2013.
Apesar do forte impacto negativo do empréstimo ao BNDES, o Tesouro mais uma vez não quis informar hoje as condições do contrato do empréstimo. Essa é uma decisão determinada pelo secretário do Tesouro, Arno Augustin, que defende a operação como uma medida necessária para garantir o crescimento sustentado, sem a geração de desequilíbrios de infraestrutura e bolhas inflacionárias, mas não quer expor os detalhes do contrato. A operação, de acordo com fontes, teve custo mais baixo do que o primeiro empréstimo e prazo para pagamento superior a 30 anos. Além dos juros menores, as condições para o pagamento são mais favoráveis nos primeiros anos. (Adriana Fernandes - AE)

DESASTRE SEM PRECEDENTES



Maré negra afeta 38 km de restingas na Louisiana


Da Folha Online
A maré negra de óleo que chegou hoje à costa da Louisiana já afetou 38 quilômetros de seu frágeis restingas, informou um funcionário americano.
Fragmentos de piche já haviam chegado à costa do Estado americano, mas essa é a primeira vez que óleo atinge a região, que abriga criadouros de camarão, ostras, caranguejos e peixes.
A Louisiana é um dos maiores produtores de frutos do mar dos EUA.
Ilhas na costa da Flórida (Florida Keys) também podem ser logo atingidas pelo óleo. Imagens de satélite confirmaram ontem que a maré negra entrou numa corrente marinha ("loop current") que se dirige a essas ilhas.
O óleo que avança sobre a costa americana é consequência da explosão há quatro semanas de uma plataforma da empresa britânica BP no golfo do México. Cerca de 800 mil litros de petróleo passaram a jorrar no mar diariamente.
Nesta semana, a BP conseguiu sucesso parcial na contenção do vazamento. A empresa está conseguindo bombear cerca de 800 mil litros diários do poço no fundo do mar para um navio na superfície.
Essa era a estimativa da quantidade de óleo jorrada diariamente no mar. Mas, apesar do sucesso na contenção, ainda há óleo vazando, o que gerou questionamentos quanto às estimativas da empresa.
O governo americano exigiu hoje mais transparência da empresa quanto à quantidade de óleo derramada.


NOTA DESTA BLOGUEIRA:

Infelizmente, o desastre (crime) ambiental que ocorreu no Golfo do México cometido há mais de um mês parece não ter fim. Toda a biodiversidade única daquela área levará anos, décadas para começar a se recuperar, em alguns casos, nunca se recuperará. Até quando o Homem seguirá destruindo irresponsavelmente a Criação? Pelo jeito até o momento em que ele, o próprio Homem, se alto destrua.

CORAÇÕES CALEJADOS


Fala-se de mãos e pés calejados, mas pouco se fala de corações calejados. 
Portanto.. quanta gente há por aí vivendo como se não fosse possível ter sentimentos porque um dia foram magoadas. 

As pessoas mais duronas, que parecem indiferentes ao amor, carinho e ternura, são pessoas endurecidas pela vida. São vítimas de uma dor que não souberam gerir. 
Uma empresa mal administrada vai à falência; um coração mal dirigido vai à ruína. 

Somos nós os gerentes da nossa vida. A nós cabe as decisões importantes que conduzirão nosso caminho. Você já experimentou andar com um sapato apertado? 

No início a gente aguenta, faz até cara bonita e se diz que depois vai amaciar. 
Mas isso nem sempre acontece e depois de algum tempo percebemos que, mesmo se as pedras no caminho podem fazer mal, melhor mesmo é deixar esse sapato de lado, ainda que seja aquele que a gente tanto desejou e até se sacrificou para adquirir. 

Há pessoas que calejam nosso coração. Fazem parte da nossa vida e as amamos, 
mas nos fazem mal... tanto e tanto que acabamos fechando aos poucos as portas do nosso coração a outras possibilidades. 

Nos trancamos dentro dele e vivemos na escuridão da nossa própria sombra. Não permita que alguém magoe seu coração a ponto de te deixar insensível. Não deixe de acreditar nas estrelas porque um dia as nuvens escuras encobriram seu céu. 

Se seu coração está calejado, cuide dele com mais carinho ainda. Que seja ele a transformar a atitude dos outros em relação a você e não o contrário! 
Se alguém que você ama só quer brincar com seu coração, talvez essa pessoa não mereça o amor que você sente. 

E por mais difícil que seja, guarde seu coração das asperezas, não deixe que as decepções o endureça. 
Olhe em outras direções, dê uma chance aos que te querem bem e ao seu coração de ser cuidado com o carinho que ele merece. 

Letícia Thompson

quinta-feira, 13 de maio de 2010

DIRETO DA BBC

Para Hillary Clinton, carga tributária contribui para progresso do Brasil


A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse nesta quarta-feira que "não é por acaso que o Brasil está crescendo" e citou a carga tributária como um dos fatores que contribui para os recentes progressos do país.
Em discurso na 40ª Conferência das Américas, em Washington, Hillary disse que em muitos outros países da região a relação entre a arrecadação de impostos e o PIB (Produto Interno Bruto) está entre as mais baixas do mundo, o que é "insustentável".
"Tenho conversado com meus colegas no continente e com chefes de Estado e de governo sobre a necessidade de aumentar a arrecadação dos governos. E isso é apenas outra maneira de dizer impostos", afirmou a secretária, diante de ministros e diplomatas dos países latino-americanos, dos Estados Unidos e do Canadá.
"Se olharmos para a relação entre arrecadação e PIB no Brasil, é uma das mais altas do mundo. Não é por acaso que o Brasil está crescendo e que está começando a reduzir as desigualdades em sua sociedade. E é uma sociedade grande e complexa. Mas eles estão fazendo progressos", acrescentou.
"É uma política que vem de várias décadas e que tem sido seguida com grande comprometimento e está dando certo", concluiu Hillary.

Críticas
As declarações da secretária de Estado contrastam com as críticas comumente feitas à carga tributária no Brasil, que ficou acima de 35% do PIB em 2009 - a maior na América Latina e uma das mais altas do mundo.
Há anos se discute a necessidade de uma reforma fiscal e tributária no país, a fim de reduzir a carga tributária.
O próprio representante brasileiro no encontro em Washington, o secretário-geral de Relações Exteriores, Antonio Patriota, pareceu surpreso com a declaração da secretária.
"Foi interessante ouvir a secretária Clinton dizer que uma das vantagens do sistema brasileiro é uma taxa de arrecadação muito alta na comparação com outros países", disse Patriota, em seu pronunciamento, após a secretária já ter deixado a reunião.
"Isso não é necessariamente visto como uma vantagem pelo público brasileiro. Muitos no Brasil pensam que devemos simplificar os impostos", afirmou.
Segundo Patriota, esse será um dos desafios a serem enfrentados pelo novo presidente, "quem quer que seja eleito em outubro".

**Este texto não sofreu qualquer alteração e foi copiado integralmente do site da BBC no Brasil.

terça-feira, 11 de maio de 2010

CONGRESSO FOCO TRÁS...

Terça-Feira, 11 de Maio de 2010
Gilberto Carvalho ajudou líbio acusado de fraude

Com a intervenção do chefe de gabinete de Lula, Khalifa Gannai conseguiu em menos de 24 horas documento que Ministério do Trabalho em geral demora 30 dias para conceder

Reportagem de Lúcio Lambranho
Antonio Cruz/ABr
Chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho interveio para que cidadão líbio tivesse sucesso em pleito no Ministério do Trabalho
Na rotina do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), um dos expedientes é emitir para estrangeiros que têm negócios no Brasil um registro de investidor no país. Trata-se de um documento importante para que empresários de outros países que atuam aqui consigam, na Polícia Federal, um visto de permanência. A burocracia estatal faz com que esses registros demorem, em média, 30 dias para sair. Há, porém, um cidadão líbio que conseguiu uma proeza: seu registro de investidor foi prorrogado no mesmo dia em que foi pedido. E ele nem tinha uma empresa em atividade no Brasil para comprovar seus negócios. Era apenas sócio do ex-senador Ney Suassuna (PMDB-PB) numa firma que nunca saiu do papel. 


A proeza desse líbio, de nome Khalifa Abdalla Gannai, explica-se por uma importante intervenção em seu favor. Gilberto Carvalho, chefe do gabinete pessoal do presidente Lula, fez um pedido pessoal ao Ministério do Trabalho para que o registro fosse prorrogado. O caso de Khalifa e a intervenção de Gilberto Carvalho são agora alvos de uma denúncia que está sendo investigada pelo Ministério Público Federal.

Processos iguais ao de Khalifa e sem intervenções como a de Carvalho costumam demorar cerca de 30 dias para serem analisados e aprovados no Conselho Nacional de Imigração do MTE. O registro garante a permanência de estrangeiros no país, caso seja comprovado que suas empresas têm capital investido e capacidade de gerar empregos por meio de atividade regular.
Mas este não era o caso da Libras Brasil 2001 Importadora e Exportadora. Inquérito da Delegacia de Imigração da Polícia Federal, ao qual o Congresso em Foco teve acesso, mostra que Gannai, Rodrigo Suassuna - filho de Ney Suassuna e gestor da empresa - e Daniela dos Santos, que dizia ser funcionária da sociedade entre o líbio e a família Suassuna, fizeram falsas declarações no processo para mascarar a inatividade da Libras.
Ao perceber a fraude, a Polícia Federal encaminhou uma denúncia contra os três ao Ministério Público Federal (MPF) em novembro de 2009. Khalifa Gannai não conseguiu seu visto de permanência.
Segundo a denúncia do MPF, no suposto endereço da empresa funcionava o Banco BRJ, onde trabalha até hoje Daniela dos Santos. "A empresa na realidade nunca funcionou, pois, não teve funcionários, muito menos, em 2005, um investidor", diz a denúncia já transformada em ação penal pela Justiça Federal do Rio de Janeiro e assinada pelo procurador da República Fábio Magrinelli Coimbra.
A fraude foi descoberta pela PF somente após o pedido de Gilberto Carvalho e quando o Conselho do MTE decidiu prorrogar o registro da empresa em 7 de abril de 2005. Intimadas pela PF, duas funcionárias do MTE, que avalizaram a prorrogação, informaram à PF sobre o pedido do chefe de gabinete do presidente Lula.
Comitiva presidencial
Gannai é personagem conhecido no Palácio do Planalto não por sua atuação como empresário no Brasil. Ele foi intérprete do presidente em encontros com representantes da Libia. Em março deste ano, por exemplo, foi ele quem traduziu para o presidente Lula os termos da conversa que ele teve com Saif Kadaf, filho do presidente da Líbia, Muammar Kadafi. Saif é artista plástico e encontrou-se com Lula em São Paulo. Em 2003, Khalifa foi intérprete de reuniões de Lula com o próprio Kadafi em Trípoli, capital da Líbia.
Um mês após a tentativa frustrada de conseguir o visto na PF de posse do documento do MTE, em maio de 2005, Khalifa Gannai serviu de tradutor para o ministro das Relações Exteriores da Líbia, Abdelrahman Mohamed Shalqam, durante a Cúpula América do Sul-Países Árabes, e em um encontro reservado com o presidente Lula no Palácio do Planalto.
O encontro não consta da agenda oficial do presidente publicada na internet do dia 9 de maio de 2005, mas está registrado no sistema interno de recebimento de autoridades estrangeiras do Palácio Planalto, conforme encaminhou ao site a assessoria de Gilberto Carvalho. 
O português fluente, que ele aprendeu durante os mais de dez anos em que viveu no Brasil, ajudou Khalifa Gannai a se aproximar das autoridades brasileiras e ser habilitado como tradutor de confiança dos dois presidentes.
E foi justamente essa condição do líbio que deu agilidade fora do comum ao seu pedido no MTE. Além dos documentos, das declarações falsas e do pedido de Carvalho, Khalifa e o chefe de gabinete de Lula disseram para as duas funcionárias do conselho de imigração que o tradutor integraria uma viagem do presidente Lula para a Líbia. E que tal viagem aconteceria dias depois de ele requerer a prorrogação do registro de investidor.
Contradições
Neste mesmo processo, a então coordenadora do Conselho Nacional de Imigração, Hebe Teixeira Romano, e Heloísa Helena de Melo, atualmente na Divisão de Engenharia do MTE, confirmaram o pedido de Gilberto Carvalho.
Hebe – que hoje é chefe de gabinete do advogado geral da União, Luís Adams – também reforçou que para dar agilidade à concessão da prorrogação, Khalifa afirmou que “integraria comitiva presidencial à Líbia".
O problema é que, em abril de 2005, quando Khalifa fez o pedido de prorrogação do registro, o presidente brasileiro não esteve na Líbia. Na ocasião, Lula foi à Itália e a países da África Ocidental.
Além disso, mesmo que não tenha sido para a Líbia, Khalifa não poderia ter integrado aquela comitiva presidencial. No dia 11 de abril de 2005, quando Lula estava na África num encontro com o presidente de Camarões, Paul Biya, Khalifa Gannai estava na Polícia Federal do Rio de Janeiro, tentando obter seu visto de permanência no Brasil, de posse exatamente da aprovação do registro de investidor concedido pelo Ministério do Trabalho quatro dias antes. A viagem de Lula seguiu até 14 de abril, e o presidente teve encontros com líderes da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Ecowas), organização da qual a Líbia não faz parte.
Há ainda um outro ponto questionável na afirmação de que Khalifa Gannai precisaria do registro de investidor para integrar a comitiva de Lula caso ele fosse à Líbia. Ele é cidadão líbio. Não precisaria de nenhuma documentação brasileira para entrar sem problemas em seu país de origem.
Carvalho se defende
Ao contrário do que disse Hebe Teixeira Romano, o chefe de gabinete de Lula afirmou que a suposta viagem presidencial não teve relevância para a obtenção do visto e que pedidos como este são comuns na Presidência da República.
"Não tenho como provar se ele esteve ou não nesta viagem. Isso não é relevante, o relevante é que essa pessoa ajudou a melhorar a relação comercial entre os dois países", disse Gilberto Carvalho em entrevista ao Congresso em Foco.

"Quanto ao mérito, naturalmente, cabe ao profissional que analisa as condições se deve ou não atender. Eu pedi pura e simplesmente para ele ser atendido", defende-se o chefe de gabinete de Lula.
  
"Se o postulante integrou ou não comitiva presidencial, não é de meu conhecimento, nem de minha responsabilidade", justificou em nota encaminhada ao site a então coordenadora do Conselho Nacional de Imigração do MTE, Hebe Teixeira Romano.

Fraude
Caso, porém, se comprove o que investiga o Ministério Público, a intervenção feita em favor de Khalifa Gannai contribuiu para que o líbio tivesse sucesso numa fraude. Para conseguir o registro no MTE, ele apresentou documento em que afirma ter aplicado 200 mil dólares no país, e um projeto em que informa atuação de sua empresa no mercado de importação e exportação de mercadorias em geral. Mas, no registro feito na Receita Federal ainda em 2001, a empresa tinha no ramo de atividade a comercialização de energia elétrica como área de atuação.
Ocorre que, um ano antes da prorrogação do registro, o sócio de Khalifa, o ex-senador Ney Suassuna, já declarara publicamente que a empresa dos dois não tinha saído do papel. Em 2004, Suassuna, então líder do PMDB no Senado, foi aos jornais para responder matéria publicada pelo jornal Correio Braziliense. A reportagem mostrava a relação dele com o líbio. Suassuna e Khalifa pararam no jornal por uma razão não muito nobre: suspeitas de remessas ilegais de dinheiro para o exterior a partir de investigações da CPI do Banestado.
"A nossa sociedade acabou não saindo do papel, já que ele foi obrigado a retornar ao seu país de origem e eu não tive tempo de tocar a empresa", respondeu Suassuna, ao justificar a sociedade com o líbio. O relatório final da comissão, que não chegou a ser votado, isentou Suassuna das acusações de lavagem de dinheiro e remessas ilegais para o exterior.
Assim, as declarações públicas do ex-senador já demonstravam que o registro no MTE não poderia ter sido prorrogado. Afinal, o sócio brasileiro da empresa afirmava que ela nunca teve empregados e não funcionou de fato, pré-requisitos óbvios para a concessão do registro de investidor. 
“Peça-chave”
Ao Congresso em Foco, Carvalho disse que, na ocasião, não sabia das ligações de Khalifa Gannai com Ney Suassuna. "Vim saber isso agora, posteriormente, que tinha vinculação com o senador. Não houve pedido do senador. Esta pessoa é de confiança e, pelo que eu sei, continua ajudando empresas brasileiras que investem na Líbia", contou.
"Ele é o único tradutor que funciona, o único de confiança. Eu estranho este processo do Kalifa, pois para nós ele tem sido uma peça-chave para as relações entre os dois países", completa.
Outra questão que deve intrigar os investigadores do caso. No relatório de gestão de 2005 do Conselho Nacional de Imigração não consta a aprovação do pedido do sócio do ex-senador junto com a de outros processos de estrangeiros deferidos pela pasta no mesmo ano, apesar de ter sido publicado no Diário Oficial da União (DOU). 
O site tenta há mais de uma semana contato com o MTE e com a servidora Heloísa Helena de Melo, por meio da assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho. Até o fechamento desta edição, a reportagem não recebeu retorno ao pedido de esclarecimentos sobre este caso.



FURO DA GAZETA DO POVO


Segunda-feira, 10/05/2010
Pedro Serápio/Gazeta do Povo
Pedro Serápio/Gazeta do Povo / Fachada da casa onde ocorreu o tiroteio: supostos bandidos não sabiam que se tratava da residência dos seguranças de PessutiFachada da casa onde ocorreu o tiroteio: supostos bandidos não sabiam que se tratava da residência dos seguranças de Pessuti
CURITIBA

Assaltante é morto em tiroteio na casa de seguranças de governador Pessuti

Seguranças do governador trocaram tiros com três homens que queriam roubar carro que estava estacionado na residência. Outros dois assaltantes fugiram
10/05/2010 | 22:40 | FELIPPE ANÍBALatualizado em 10/05/2010 às 23:47
Um assaltante morreu durante um tiroteio na residência onde moram homens que fazem a segurança do governador do Paraná, Orlando Pessuti. Por volta das 21h30 desta segunda-feira (10), três homens tentaram entrar na casa, situada à Rua Eugênio Mocelin, no Boa Vista, emCuritiba, na tentativa de roubar um veículo Ômega que estava na garagem. Entretanto, ao perceber o movimento dos bandidos, os seguranças do governador iniciaram um tiroteio. Os vizinhos afirmaram terem ouvido pelo menos uns dez tiros. Os outros dois assaltantes fugiram.
Segundo informações do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), o corpo da vítima – ainda sem identificação – foi retirado do local por volta das 22h40. Policiais militares e de diversas divisões da Polícia Civil foram ao local após a ocorrência. Como o alvo dos assaltantes era um automóvel, as investigações ficaram à cargo da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos.
Pessuti mora em uma residência que faz fundos com a casa alugada para abrigar os seguranças. Segundo informações extra-oficiais – não confirmadas pelo Cope – o governador estava em sua casa no momento do tiroteio, mas teria deixado o local ileso. As imediações do local do crime ficaram isoladas até por volta das 23h.