Ao criticar o desempenho do governo federal na execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) citou a estimativa de que apenas 10% dos recursos destinados ao programa foram efetivamente desembolsados até o momento. Essa informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo na edição desta quinta-feira (20).
Alvaro Dias destacou o trecho da matéria em que o autor do levantamento, o professor Paulo Fleury, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, declara que, "nesse ritmo, o governo só terminaria de gastar todo o dinheiro [do PAC] em 2034".
- O governo Lula é ótimo para anunciar e péssimo para executar - afirmou o senador.
Outra estimativa de Fleury assinalada por Alvaro Dias é a de que o sucessor de Luiz Inácio Lula da Silva herdará uma pendência de R$ 115 bilhões não gastos pelo PAC no setor de logística. Esse número contrasta com o valor que o governo Lula pretendia deixar para o próximo governo - de acordo com o senador, R$ 36 bilhões.
Petrobras
Alvaro Dias ressaltou ainda a notícia de que uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) indica que houve superfaturamento nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e que o presidente da Petrobras, José
Sérgio Gabrielli, teria sonegado documentos ao TCU. Nesse contexto, o senador disse que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras "é da maior importância para o país".
No entanto, ele criticou a atuação do relator da CPI, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que também é o líder do governo na Casa. Segundo Alvaro Dias, o relator "afirma que um assunto foi encerrado quando, na verdade, nada foi esclarecido". Ele protestou ainda contra os horários de reunião da comissão, que seriam "impróprios", e observou que os documentos necessários para que os senadores se preparem para os depoimentos são entregues apenas depois das oitivas.
Da Redação / Agência Senado
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