terça-feira, 7 de julho de 2009

DISCUSSÃO SOBRE O VALOR DA TARIFA ESQUENTA A CENA POLÍTICA DE LONDRINA

Na manhã desta terça-feira (07/07) o prefeito de Londrina, Homero Barbosa Neto (PDT), no norte do Paraná declarou em entrevista coletiva, "Nunca vi legislativo definir preço de tarifa de ônibus. Isso não é tarefa deles". Barbosa ainda disse que a CEI da Planilha está "jogando para a torcida decidir", e querendo apenas ganhar espaço na mídia, “eu bem queria ser o primeiro prefeito do Brasil a diminuir o valor da tarifa ao invés de aumentá-la, mas não vou ser irresponsável”, enfatizou Barbosa Neto.

Barbosa Neto usou o caso da manutenção da tarifa de ônibus em Curitiba para justificar a sua cautela sobre o assunto, “O Beto Richa (PSDB) manteve o preço da tarifa em Curitiba e agora estão com uma divida de R$ 600 mil”.

A discussão sobre o aumento da tarifa de ônibus da cidade vem se arrastando deste de dezembro de 2008, quando o então prefeito pelo PT, Nedson Micheleti decretou como seu último ato à frente do executivo municipal, o reajuste da tarifa, que saltou dos R$ 2,00 para R$ 2,25. Esta atitude provocou uma queda de braço judicial entre a administração interina de José Roque Neto (PTB), hoje presidente da Câmara de Vereadores da cidade, e as concessionárias de transporte coletivo do município. O TJ acabou arbitrando pela cobrança de R$ 2,00.

O Tribunal de Justiça tomou a decisão baseando-se na planilha de custos que foi elaborada pela Promotoria do Consumidor, sobre o comando do promotor publico estadual, Miguel Sogayar.

Sempre houve divergências sobre os valores praticados pelas concessionárias do transporte publico londrinense. Desde de 2003, a cada reajuste na tarifa é sempre permeada de discussões, paralisações por parte dos motoristas e cobradores, passeatas, enfrentamentos e até morte.

Declaradamente a favor do aumento da tarifa, Barbosa Neto chega de uma visita comercial pela Europa que durou 10 dias e encontrou um cenário desagradável, onde a troca de acusações desnorteia o diálogo entre a Câmara de Vereadores, a CMTU, o sindicato da categoria (Sinttrol) e as empresas de transporte urbano, além de declarações bombásticas realizadas pelo seu líder na Casa municipal das leis orgânicas. Joel Garcia (PDT), disse nesta segunda-feira (06/07) e reunião que apresentou o relatório parcial da CEI da Planilha do Transporte Coletivo de Londrina, “vamos pedir aos fins do trabalho o indiciamento dos ex-diretores da CMTU (Cia Municipal de Trânsito Urbano) e do ex-prefeito Nedson Micheleti do PT”, disparou o vereador que é presidente da CEI.

Conforme a comissão declarou a imprensa em entrevista coletiva, foi possível comprovar após a analise de mais de 10.000 páginas de documentos, a maioria notas fiscais, que ao ser elaborada a planilha de custos realizada pela CMTU houve superfaturamento que vai de 30% a 35%, dependendo do item cotado. A comissão também afirma que as empresas que prestam o serviço na cidade se declararam omissas, ao saber dos valores superfaturados, apresentados pela CMTU como parâmetro para aumento da tarifa de ônibus.

A sessão da Câmara londrinense foi tomada na tarde desta terça-feira (07/07) pelas declarações do prefeito e pelo valor que a CEI propõem para cobrança da tarifa local, que é de R$ 1,99.

Gildalmo Mendonça que é presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Londrina (METROLON), declarou ao site Bondenews nesta terça-feira (07/07) que, “É impossível que a tarifa seja de R$ 1,99. Há 3 anos a tarifa não sofre reajuste e tivemos geral três datas bases durante este período acumulando um aumento salarial de 52% aos trabalhadores do transporte de passageiros da cidade. Além de que ninguém fala que tivemos no último ano um saldo negativo de R$ 160 mil”. Este dado se contrapõem ao divulgado pela CEI, que alega que no ano passado à empresa teve R$ 2,5 milhões em lucros finais.

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