Suposta fraude na compra do banco será investigada pela
Procuradoria da República de São Paulo
A compra de parte do Banco PanAmericano pelo governo federal gerou inúmeros questionamentos, principalmente depois que o Banco Central identificou fraudes nos balanços contábeis da instituição. No ano passado, a Caixa Econômica Federal comprou 49% do controle e ficou com 36,56% do total das ações do PanAmericano – operação no valor de R$ 739 milhões, realizada por intermédio da Caixa Participações (Caixapar).
Após a divulgação da fraude, as ações do Banco Panamericano perderam valor, significando expressivas perdas no investimento feito pela Caixa. Além disso, o banco vendeu carteiras de crédito para outros bancos, mas não contabilizava as vendas, gerando um rombo de R$ 2,5 bilhões.
Na época, como líder da minoria da Câmara, Gustavo Fruet, lembrou que a manobra foi descoberta um mês antes das eleições, mas ficou abafada. “Como a Caixa não viu essas fraudes contábeis quando comprou 49% do banco? Antes de uma operação dessa natureza é feita uma varredura nas contas e mesmo assim a Caixa nada viu?”, estranhou. Gustavo também criticou a utilização de dinheiro público na negociação, ressaltando que as ações da instituição despencaram e o governo perdeu dinheiro.
Em novembro de 2010, Gustavo Fruet apresentou uma representação junto ao Ministério Público Federal pedindo a investigação e adoção de providências a respeito de eventuais irregularidades praticadas pelo Banco Panamericano e pela Caixa Econômica Federal (CEF). Nesta semana, o Ministério Público informou que o pedido de esclarecimento da possível fraude na compra, pela CEF, de parte do capital do Banco PanAmericano, foi encaminhada para a Procuradoria da República no Estado de São Paulo, onde ocorreu a suposta fraude e onde já foi instaurado procedimento administrativo que apura as negociações.
Fonte: imprensa@fruet.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários desta página serão revisados. Não será permitidos palavrões e xingamentos. Comente com responsabilidade mais sem ofender.