Ex-funcionário de uma empresa terceirizada pelo governo Nedson denuncia pagamento de comissão ao então Secretário de Gestão Pública
O vereador Jacks Dias (PT), ex-secretário de Gestão Pública na administração Nedson Micheleti, está sob investigação pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Denúncia em primeira mão publicada nesta sexta-feira (16) pela repórter Janaína Garcia, da "Folha de Londrina", aponta a denúncia de um suposto ''mensalinho'' de R$ 6 mil mensais que seria pago ao então secretário. À frente da Gestão Pública, Jacks Dias era o operador dos contratos de licitação do Município.
A Promotoria do Patrimônio Público e Gaeco não confirmam a informação, mas admitem a investigação contra um integrante da Câmara por concussão (corrupção praticada por algum agente público). A reportagem da Folha entrevistou com exclusividade um ex-funcionário da empresa Setrata, que mantinha contrato de terceirização com a Prefeitura de Londrina por meio da empresa Sertcon, de limpeza. O grupo recebeu R$ 170 mil mensais durante três anos para limpar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Centrofarma.
"Retiradas"
Atuando no setor de contabilidade da Setrata, o ex-funcionário, que não quis se identificar, disse que "eram comuns retiradas de R$ 5 mil, e depois 6 mil mensais, nos relatórios contábeis da empresa, em nome da Autarquia Municipal de Saúde. As sócias-proprietárias do grupo, Marli Aparecida Batilani e Monica Amstalden, determinaram os saques entre 2006 e 2008, segundo o ex-funcionário.
Nos dias próximos da data em que a Autarquia de Saúde pagava o grupo Setrata pelo serviço de limpeza, o contador afirma que recebia a ordem de retirar o dinheiro, enviado dentro de um envelope ao secretário Jacks Dias. O dinheiro era levado, segundo ele, pelo pai de uma das sócias do grupo Setrata.
O ex-funcionário prestou depoimento ao delegado do Gaeco, Alan Flore, e outras testemunhas da denúncia também já teriam dado esclarecimentos. Pelas informações do depoente, o mensalinho era pago para garantir que a empresa terceirizada não sofreria qualquer fiscalização da Prefeitura. Ele disse que enquanto trabalhou na empresa nunca a Prefeitura pediu qualquer documento referente ao serviço.
Mandados de busca
Ainda segundo a denúncia da Folha de Londrina, o Gaeco já cumpriu mandados de busca e apreensão tanto na sede da empresa como em residências de pessoas envolvidas.
A partir da denúncia do ex-funcionário da terceirizada, chega-se a um valor próximo de R$ 167 mil em "retiradas" feitas no período de três anos apontado por ele. As inscrições no relatório contábil da empresa para as "retiradas", segundo ele, eram variadas: ''retirada mensal autarquia'', ''retirada diretoria AMS'', ''retirada diretoria autarquia'' ou até ''retirada autarquia doação PT''.
Os saques foram suspensos em fevereiro de 2008 e voltaram a ser feitos em parcelas fixas de R$ 43 mil - não mais mensalmente, mas a cada trimestre - a partir de setembro do mesmo ano. Naquela época, outro vereador, Henrique Barros, foi flagrado com dinheiro em um envelope em seu carro, foi denunciado por concussão e acabou preso.
O procedimento aberto pelo Gaeco é confirmado pela promotora de Defesa do Patrimônio Público, Leila Schimiti Voltarelli. O promotor do Gaeco Jorge Barreto também admitiu à Folha que foram expedidas cinco intimações para tomada de depoimentos.
O ex-funcionário que faz a denúncia disse à repórter da Folha que tem receio de ser alvo de retaliações. ''Preciso preservar a minha vida e a vida da minha família. Hoje eu vivo com medo, em pânico. Tenho medo de represália deles. Mas a gente sabe que isso é o pedacinho de um esquema muito grande, o pedacinho de um quebra-cabeça que vai ser montado agora.''
Com problemas de saúde, o vereador Jacks Dias não compareceu à sessão da Câmara nesta quinta-feira (15).
** Toda a informação aqui contida foi retirada do site Londrix, de propriedade e direção do jornalista Nelson Capuccho
A Promotoria do Patrimônio Público e Gaeco não confirmam a informação, mas admitem a investigação contra um integrante da Câmara por concussão (corrupção praticada por algum agente público). A reportagem da Folha entrevistou com exclusividade um ex-funcionário da empresa Setrata, que mantinha contrato de terceirização com a Prefeitura de Londrina por meio da empresa Sertcon, de limpeza. O grupo recebeu R$ 170 mil mensais durante três anos para limpar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Centrofarma.
"Retiradas"
Atuando no setor de contabilidade da Setrata, o ex-funcionário, que não quis se identificar, disse que "eram comuns retiradas de R$ 5 mil, e depois 6 mil mensais, nos relatórios contábeis da empresa, em nome da Autarquia Municipal de Saúde. As sócias-proprietárias do grupo, Marli Aparecida Batilani e Monica Amstalden, determinaram os saques entre 2006 e 2008, segundo o ex-funcionário.
Nos dias próximos da data em que a Autarquia de Saúde pagava o grupo Setrata pelo serviço de limpeza, o contador afirma que recebia a ordem de retirar o dinheiro, enviado dentro de um envelope ao secretário Jacks Dias. O dinheiro era levado, segundo ele, pelo pai de uma das sócias do grupo Setrata.
O ex-funcionário prestou depoimento ao delegado do Gaeco, Alan Flore, e outras testemunhas da denúncia também já teriam dado esclarecimentos. Pelas informações do depoente, o mensalinho era pago para garantir que a empresa terceirizada não sofreria qualquer fiscalização da Prefeitura. Ele disse que enquanto trabalhou na empresa nunca a Prefeitura pediu qualquer documento referente ao serviço.
Mandados de busca
Ainda segundo a denúncia da Folha de Londrina, o Gaeco já cumpriu mandados de busca e apreensão tanto na sede da empresa como em residências de pessoas envolvidas.
A partir da denúncia do ex-funcionário da terceirizada, chega-se a um valor próximo de R$ 167 mil em "retiradas" feitas no período de três anos apontado por ele. As inscrições no relatório contábil da empresa para as "retiradas", segundo ele, eram variadas: ''retirada mensal autarquia'', ''retirada diretoria AMS'', ''retirada diretoria autarquia'' ou até ''retirada autarquia doação PT''.
Os saques foram suspensos em fevereiro de 2008 e voltaram a ser feitos em parcelas fixas de R$ 43 mil - não mais mensalmente, mas a cada trimestre - a partir de setembro do mesmo ano. Naquela época, outro vereador, Henrique Barros, foi flagrado com dinheiro em um envelope em seu carro, foi denunciado por concussão e acabou preso.
O procedimento aberto pelo Gaeco é confirmado pela promotora de Defesa do Patrimônio Público, Leila Schimiti Voltarelli. O promotor do Gaeco Jorge Barreto também admitiu à Folha que foram expedidas cinco intimações para tomada de depoimentos.
O ex-funcionário que faz a denúncia disse à repórter da Folha que tem receio de ser alvo de retaliações. ''Preciso preservar a minha vida e a vida da minha família. Hoje eu vivo com medo, em pânico. Tenho medo de represália deles. Mas a gente sabe que isso é o pedacinho de um esquema muito grande, o pedacinho de um quebra-cabeça que vai ser montado agora.''
Com problemas de saúde, o vereador Jacks Dias não compareceu à sessão da Câmara nesta quinta-feira (15).
** Toda a informação aqui contida foi retirada do site Londrix, de propriedade e direção do jornalista Nelson Capuccho
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