O voto em lista fechada é hoje o sistema mais adotado para escolha de deputados em todo o mundo. Os únicos países que se utilizam do formato lista aberta é o Brasil e a Finlândia, sistema que o eleitor vota no sujeito que faz parte de uma relação de nomes divulgada pelo partido ou coligação. Nos demais países o eleitor não escolhe seu representante diretamente, vota na legenda do partido, que ao fim da contabilidade dos votos irá designar o representante deste partido ou daquela coligação para assumir a vaga, então dar-se o nome a está lista de fechada.
É sempre bom salientar que este voto (fechado ou aberto) é proporcional, porque se trata da escolha de representante legislativo, nunca para o executivo e senado.
No Brasil a lista fechada, se aprovada, será apenas para escolher os nomes à vaga de deputado federal ou estadual e para vereador. Presidente, governador, prefeito e senador são escolhidos por outro tipo de voto, o chamado voto Majoritário, em que o mais sufragado (bem votado) leva, em um ou dois turnos o mandato.
O sistema eleitoral brasileiro apesar de confuso é bastante democrático e flexível. Agora se permitir o voto proporcional de lista fechada onde o eleitor vota apenas no partido em vez do candidato, será um engessamento desta ampla liberdade de escolha.
Agora as desvantagens. É possível que surjam oligarquias nacionais, estaduais e municipais, se os primeiros nomes da lista forem sempre os mesmos ou apadrinhados deste senador ou daquele presidente da agremiação partidária. Outra desvantagem são os primeiros nomes da lista, poderiam ser vendidos, rifados, trocados, comprados, indicados, etc. E pode tranqüilamente ocorrer o fat de um candidato sério, mas que não possuí prestígio na cúpula partidária, ficar no pé da lista ou fora dela, porém ver seu nome usado para contemplar os prediletos da agremiação. Além de que os Senadores passam há ser ainda mais poderosos, pois estão no topo da cadeia alimentar do poder legislativo. Poderíamos presenciar a perpetuação no poder de parentes destes políticos. Então passaríamos a nos preocupar com o voto ao Senado e não teríamos a quem cobrar diretamente o má prestação de serviço do legislador eleito em lista fechada, se tornando mais impossível cassar um político corrupto. E ainda pior, estaríamos à mercê em definitivo dos aproveitadores do poder, repetindo o que acontece com a Argentina, onde hoje não existe oposição e sim uma posição com o perpetuação do peronismo no país vizinho.
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